sexta-feira, outubro 31, 2008

Steve Marriot denovo nas paradas!

Steve Marriot foi um grande cantor, seja tocando soul/r&b no Small Faces ou até mesmo na sua carreira com o mala Peter Frampton no Humble Pie. O que pouca gente sabe, é que o cara, com 16 anos, tocou em uma banda chamada The Moments, onde já mostrava o talento que anos depois o faria ser frontman de uma das melhores bandas de soul tocada por brancos. Pena que os caras do Moments não sacaram isso, e mandaram o Marriot embora.

A gravadora Acid Jazz, por meio do ex baixista do Moments, lançou um 7' polegadas contendo 4 sons, sendo 2 deles inéditos, dessa fase do Marriot no The Moments. Esse EP, além de ser em vinil, ainda conta com uma arte maravilhosa, totalmente inspirada nos anos 60.

O sucesso foi instantâneo e o Single já conseguiu entrar no Top 10 de singles independentes mais vendidos. E o mais bacana, conseguiram colocar o esquecido Steve Marriot nas paradas novamente. O Ep tá custando a bagatela de £4.99, e pode ser adquirida no próprio site da gravadora ou outras lojas online, como o Ebay. Vale a conferida!

quinta-feira, outubro 30, 2008

Arte digital em mosaico

Pra quem gosta de pirar já existe a solução pra isso na internet. Tá certo, sempre existiu, pirar na internet é uma das coisas mais fáceis com a quantidade de conteúdo livre e cada vez mais (crescente em progressão geométrica) besteiras generalizadas. Mas ao contrário desse último comentário, a piração existente nesse site é de uma originalidade característica do novo século e das tecnologias em voga, como a arte em vetores digitais. Muito aconselhável para curiosos e extremamente para designers e artistas.

MyOats

A funcionalidade dele é simples, porém existem artistas por lá que já fazem um estrago em matéria de originalidade. Vale não só brincar como também espiar a brincadeira dos outros.

Primeiro riddim digital, o Sleng Teng!

Uma pequena aula de riddim. Riddim é o ritmo, da palavra rhytmn, das músicas. É como se fosse a batida, mas também pode se referir a instrumentais especificos, já que o mesmo instrumental e levada é usada em várias músicas. Álias, uma das caracteristicas da cena musical jamaicana é a reutilização das mesmas levadas.

O sleng teng foi o primeiro riddim digital, feito num teclado Casio podrera, em 1985, e foi criado por Wayne Smith com o King Jammy. A primeira música com ele, under mi sleng teng, ainda é uma pedrada, e falava de que não era bom usar cocaína, que ela o transformava em louco haha. Além dessa, foram gravadas Buddy Bye, do Johnny Ousborne e Tenor Saw com Pumpkin Belly.

Ela foi regravada mais de 180 vezes, é o ritmo mais usado na Jamaica até hoje. Dá pra ver, ela até hoje serve de referência e tem uma séries de versões, como a Sleng Teng Ressurection. Há quem diga que a Under mi Sleng Teng seja a tune criadora do ragga muffin, mas talvez isso seja ir um pouco longe demais.


Via antigo blog do Rui, Big Bamboo.

R. Darci

quarta-feira, outubro 29, 2008

You and Me Podcast na MTV


Invasão Jamaica, a coluna de podcast da molecada do You and Me on a Jamboree, o maior blog de reggae do Brasil com milhões de visitas, estreou na MTV. Falando pra caralho do early, tocando algumas pedradas e representando mais um passo na evolução do trabalho deles, o podcast representa outro dos avanços que estão sendo feitos dentro do bom reggae nacional.

Escutem o Cast, comentem e divulguem!

segunda-feira, outubro 27, 2008

Mike Lemanski: Geometria e Criatividade

Mike Lemanski é um designer de Huddersfield na Inglaterra e é um dos artistas da nova geração que a Action mais curte.Seu estilo extremamente geométrico aliado com sua criatividade, tornam seu trabalho muito original, ainda mais nos dias de hoje em que o mundo inteiro preza em ser eclético.

Uma das coisas mais interessantes em seu portifolio são seus projetos de capas de disco pra vinil, na sua maioria pra bandas indies. Todas utilizando de forma limpa, a tipografia e texturas, coisa fina mesmo!
A criatividade do cara não tem limites e ainda é possível ver trabalhos impressos em cimas de mapas e diagramas pra desenho geométrico e até mesmo em posters em estereoscopia(aqueles trampos que depois você bota o óculos 3d).

Há um tempão atrás eu até mandei um email elogiando o trabalho dele e perguntando à respeito da impressora que ele usava. A resposta foi rápida e extremamente solícita, contrariando um pouco a máxima que designer é recluso e até mesmo arrogante.
Geometria, textura, tipografia e criatividade são o carro-chefe desse moleque, que é novo, tem só 21 anos e tem muito o que mostrar.

Visitem o portifolio do cara!

domingo, outubro 26, 2008

Prédio Torto


Poster Via Flickr da Action

sexta-feira, outubro 24, 2008

Furacão 2000 - Do Soul ao tamborzão!

Isso mesmo, esta não é brincadeira, é realmente uma matéria sobre a Furacão 2000. Tentarei ao máximo não falar de Gaiola das Popozudas, mas não prometo nada. Se você é brasileiro e tem idade suficiente pra saber ler, você com certeza já ouviu falar de Furacão2000, gostando ou não.

Antes de tudo, o Furacão 2000 era composto por duas equipes de som; Guarani2000 e Som2000. Quando se juntaram, o presidente da época, Castelo Branco, disse 'Isso não é Guarani, nem Som, é Furacão2000', e ficou. Isso é o que reza a lenda. O que poucos sabem é que, realmente, na época da formação da equipe, em 82, eles tocavam funk e soul. Nomes como The Graingers e Lonnie Smith permeavam as coletâneas do grupo. Funk de baixo pesado, soul vocal, a maioria das músicas falando de amor. É fácil ver a conexão e a trajetória dos caras do funk e soul ao miami bass, com o passar do tempo. Até com o rap dançante, como MC Shy D (que peço encarecidamente que vocês vejam o clipe dele no momento 0:24 e tenham o mesmo objetivo de vida que eu: curtir uma jacuzzi com um quepe de couro)


Em 1990, aparecem nas coletâneas os primeiros trabalhos brasileiros, com Dj Raphael e o Melô do pidão. Começavam as produções de funk com letras sociais leves, sem argumentos tão pesados quanto falar diretamente do crime, e sem a pseudo apologia à criminalidade. Nessa época, era bem marcante a influência do rap dançante como o do próprio Mc Shy D, na formação do funk carioca, sendo bem diferente da cena paulista do rap, na época com bandas como o rap consciência Câmbio Negro (que teve como um dos melhores trabalhos, que vale muito a pena ser procurado, o disco Sub Raça), Racionais MC's e RZO, que estava na cena já há dez anos na época.


Nessa época, vieram umas tracks cabulosas (RÁ!) como o Rap do Silva, do Bob Rum, (Só mais um Silva / que a estrela não brilha / ele era funkeiro / mas era pai de família) e o Rap da Felicidade (Eu só quero é ser feliz / andar tranquilamente na favela onde nasci / e poder me orgulha e ter a consciência que pobre tem seu lugar). Além disso, eles tinham um programa na CNT, com footage que dá pra achar no YouTube com muita coisa antiga e boa. Ainda mais a mérito de comparação.

Foda que se tu morasse em lugares como Rio ou Santos, nessa época, era batata você conhecer algum DJ ou Mc. Tenho amigos cujo maior orgulho da infância foi ter mandado uma carta com um rap/funk e os Mcs da rádio terem cantado no ar. Em cidades como essas o funk era bem mais espalhado que capitais como São Paulo, cuja produção do gênero até hoje ainda é bem escassa, ainda mais comparada com a vizinha menor, Santos, que atualmente tem festas como as antológicas dos 32 MCs.




Mais perto do começo da era de Aquário, o novo milênio, o Furacão começou a fazer letras mais sexuais. BEM mais sexuais. É só lembrar de Bonde do Tigrão. Até o metaleiro mais satânico e vindo das trevas conhece tracks como Cerol na mão, Tchuthuca, e a versão de Who let the dogs out, Só as cachorras. Outros aparecem, como Havaianos, Bonde do Vinho, Jonathan Costa(Do clássico De segunda a sexta esporro na escola / Sábado e domingo solto pipa e jogo bola / Dance, potranca, dance com emoção. Isso seguido pela músiquinha do Tetris remixada. Tive que ir no site da Furacão pra ouvir a música, que não ouvia há pique 8 anos.), Gaiola das Popozudas, Danadinhas, Sabrina, e a clássica Tati Quebra Barraco. Nessa época, mais ou menos recente, as mulheres começam a se liberarem sexualmente, falando de temas universais e de suma importância, como porra na cara e sexo anal.

Destaque pro CD que estourou o funk no formato atual, o Furacão 2000 - Tornado muito nervoso. Vários petardos, como Potranca Gostosa (seu corpinho tremendo fica um tesão / és maravilhosa / quando rebola seu popozão), Pega Ladrão (Vai popozuda / empina tua bunda / ô Raimunda!), Lamba Funk (Popozuda vem mexendo balançando o popozão / POTRANCA!), Meter a mão (A mina quer dançar, dançar / a mina quer meter a mão / uma na cabeça, uma no popozão). Ok, ok, talvez esse não seja o melhor exemplo. Mas foi ele que fez o funk carioca se tornar conhecido no Brasil inteiro, pelo bem ou pelo mal.

Fato é, o funk realmente teve seu início no funk. Mas ao contrário de alguns outros gêneros, ele não parou no tempo, e refletiu as mudanças feitas lá fora. O que acontece é que praticamente ninguém conhece a história da Furacão 2000 e suas ramificações. Isso sem falar da hipocrisia. Moderninho torce o nariz pra Lacraia, mas paga 30 pau pra ver Bonde do rolê e genéricos. É tão difícil ver a ligação entre um e outro? Não, não é.

Um paralelo interessante ao funk carioca é o do cenário musical na Jamaica; de alguns anos pra cá, 90% da música produzida lá é Dancehall. Porém, claro, o reggae roots mid70s é reconhecido mundialmente, o que torna esta uma suposição. Mas, imagine, só pra me alegrar, que o reggae nunca tivesse estourado, e o Dancehall dominasse o país atualmente. Teria a mesma fama que o funk carioca, de chulo e musicalmente pobre. Porém, na Jamaica é impossível ignorar o Reggae, que teve nomes como Skatalites e Toots Hibberts. Aqui, podemos ignorar tudo que foi tocado e produzido.

Afinal de contas, acabamos de comemorar os 50 anos da criação da Bossa Nova. E 30 anos de puro ostracismo dela. Foda-se que antes de cunhar o termo Popozuda eles tocavam soul, funk, e o DJ Malboro tem uma coleção de música negra com tracks que muito sabichão nunca sequer vai conhecer. Meter pau é bem mais fácil.

Pra quem quiser ouvir mais, o site da Furacão oferece praticamente 20 cds já lançados pra ouvir na íntegra, 0800. Infelizmente, não tem tanta coisa da fase mais social do funk.


MIL VOLT!


R. Darci

A genialidade de Allan Sieber

Um cara que escreve

Uau, dessa vez os gênios da publicidade acertaram em cheio no alvo dessa campanha pra cerveja: a molecada cada vez mais bunda mole no grande parque temático de maricas (copyright Arnaldo Branco) que o mundo se tornou. Parabéns, moçada.

merece mais que uma visita, merece uma porra de um altar completo.
O Allan Sieber é um dos grandes cartunistas da atualidade, saindo do undeground de quando falava de rola, para ir ao mainstream e falar de cú. Com um desenho bonito pra caralho, o cara faz piadas de humor negro com uma anormal facilidade e talento. Não visite o blog dele a menos que queira passar as próximas quatro horas se sentindo deliciosamente ofendido.




R. Darci

quinta-feira, outubro 23, 2008

eu tenho um feeling que o morone...bem, acho que ele da o cuzinho ne. nao sei, esse negocio todo de soul eh bem fachada...

Fan Mail - Resposta

"Oi pesoal da action meu nome, eh ricardo eu moro em saquarema e gostaria de saber qdo v6 vaum realmente expor mais do trabaleo real de vc6, e qdu vamos ver ftos, suas so loco pra saber se vc6 saum taum legais qto paressem aksdkasksakdaskdsa O_o"
- GorgorothFreak777


Bem, amigão. Já estamos em fase de progresso avançado e muito orgulhosos de nossa session de fotos para divulgação. Temos aproximadamente 9 rolos de filme para olhar e escolher, sendo uma melhor que a outra (RISOS). Quanto aos nossos trabalhos reais, ontem nos reunimos para uma sessão de criação de Toy Art e logo estaremos anunciando oficialmente o lançamento do primeiro Toy brasileiro feito completamente de papel machê com customização em pintura a dedo. Fique ligado!



Photoshoot no centro de Santos


Dandy Livingstone, ícone do club reggae

Na década de 70, o reggae ganhava uma nova roupagem. Músicas inspiradas no Rastafarianismo e tocadas com bateria no estilo one drop. O público inglês, consumidor farto do estilo,sentiu esta mudança e o reggae perdia o posto de ritmo mais escutado por eles. Ainda que artistas como John Holt e Harry J produzissem alguma coisa fora deste circuito, a maioria mergulhou totalmente no Roots.

Foi a época que Dandy Livingstone, famoso produtor de reggae e autor do hino Rudy, a Message to You, voltava da Inglaterra. Lançou em 1973 o disco Conscious, classificado por muitos como club reggae, nome dado em referência aos clubes onde esse tipo de som fazia sucesso. As músicas são recheadas de uma bateria funkeada e de vocal soulfull, acrescentando aquele tempero 70's que era marca registrada do roots.

O disco, no entanto, é diferente, a começar pela capa. A arte gráfiica mostra Dandy num visual Blaxplotation, com costeletas enormes e óculos. Ao lado, seu nome escrito diversas vezes. Uma capa bem fora do comum para um artista de reggae. Isso já despertava curiosidade do público.

Na questão músical, destaque para tracks como Let Me Tell You What's Going On, um reggae com baixo forte e com levada que lembrava o auge do reggae na Inglaterra, no fim dos anos 60. Caribbean Rock, era um ode à região e já começava com uma belíssima intro, conquistando qualquer ouvinte. No geral, as 10 canções que compõe o disco mereciam uma atenção especial, mas não vamos acabar com a magia do leitor. Conscious tem um forte potencial para as pistas, fazendo jus ao rótulo de club reggae. Escutem!

Baixe o disco aqui
Link via blog You&me On a Jamboree

Now playing...


Poster Via Flickr da Action

quarta-feira, outubro 22, 2008

Uma viagem aos terreiros: Os Afrosambas

Uma das coisas mais legais de se falar da música negra é ver as diversas facetas que ela tem ao redor do mundo. O Brasil assimilou de forma ímpar toda essa influência dos escravos africanos e nos presenteou com um dos melhores e mais conceituais discos: Os Afrosambas, do Vinicius de Moraes e do Baden Powell.

O Candomblé é uma religião que foi trazida por escravos da região da Nigéria e de Benin, e tinha como principais características seus cânticos, rezas, encantamentos e louvações.
A Umbanda, assim como o Candomblé, é uma religão que também tem seus pés na África, porem foi formada dentro da cultura religiosa brasileira. Claro, a idéia não é se aprofundar na história dessas religiões, mas apenas dar um pano de fundo para o que iremos falar.

Vinicius, nos anos 60, ganhou 2 discos que mudariam a história da música brasileira e dariam o tom do que logo seria chamado Afrosamba: Um de Sambas de roda e um de Candomblés da Bahia. A mistura tava feita, ele teria mais que material suficiente para compor algumas músicas que fariam a perfeita mistura das religiões afro brasileiras e o samba. É aí que entra em cena o violinista e amigo de Vinicius, Baden Powell, que também se encantou, indo anos mais tarde à Bahia, buscando conhecer mais sobre essa coisa toda, inclusive fazendo amizade com artistas e intelectuais baianos.

Sob a influência de tudo isso, somada com as aulas que teve de canto gregoriano, Baden e Vinicius lançam "Os AfroSambas" em 1966, produzido por Roberto Quartin, é o primeiro disco de música brasileira a misturar instrumentos típicos das religiões afro-brasileiras como afoxé, agogô, atabaques, e bongo com instrumentos tradicionais como violão, bateria, flauta e contrabaixo.

A banda Quarteto em Cy e um coro formado por amigos de Baden e Vinicius acompanham nas canções, em um dos discos mais sombrios e densos da música brasileira, extremamente conceitual, o samba e a música africana, de raízes semelhantes, se tornam um estilo totalmente híbrido, fazendo com que não consiga se imaginar que são estilos musicais diferentes.

A sensação que passa o disco é de como se estivessemos em um terreiro, totalmente hipnotizados pelos atabaques e cantos aos Orixás. O disco tem uma profundidade tremenda, e mostra o quanto é especial, é com certeza um disco pra ser ouvido e apreciado. Recomendadíssimo!

terça-feira, outubro 21, 2008

House of Reggae, podcast de reggae

Pra quem não sabe, o Podcast é uma forma de publicar arquivos na rede através de um Feed RSS, o que permite a todos os usuários acompanharem sua atualização.
Os Podcasts normalmente são utilizados como rádios online e muita gente faz sua própria programação, e é sobre uma ótima rádio voltada para o reggae que iremos falar.
A House of Reggae é um Podcast feito na inglaterra, onde seu autor faz belas playlists com o melhor da música jamaicana.
Com cerca de 60 minutos em cada programa, é possível escutar na hora ou baixar para posteriormente ser escutado no computador ou em algum mp3 player.
O legal é que o House of Reggae não se limita apenas a fazer programas lançando as músicas, mas procura fazer alguns especiais como o em homenagem a todos os pupilos da lendária Alpha Boys School(escola de música que formou muitos artistas da música jamaicana), o que torna o serviço ainda mais legal.
Com certeza dar uma escutada nos 37 programas vai mostrar muitas facetas da tão rica e bela música jamaicana, vale a conferida!

http://houseofreggae.podomatic.com/

Music Spots


Poster Via Flickr da Action

segunda-feira, outubro 20, 2008

Toys Brasileiros Pt 3 - Banana Suicida

Ahh, a Banana Suicida! Chegamos ao fim da série Toys brasileiros que realmente valem a pena conferir. A Banana é feita pelo Sérgio NG, atualmente um dos caras mais presenças no mundo do toy art aqui na terrinha. Antes de comentar o toy em si, o release fala muito melhor sobre o conceito dela do que vinte posts meus:

"Meu mundo caiu" - é a frase predileta da Banana Suicida. Ela é tão perseguida por suas frustrações, decepções e tristezas, que não consegue se livrar delas. Tenta todas as formas de suicídio possiveis, mas nunca obtém êxito. Por que ela quer se suicidar? Porque se considera um fracasso das frutas. Não acha que tem a simpatia de uma maçã, a doçura de um morango ou o sabor de uma melancia. Não tem o formato redondinho e meigo de uma cereja, ou a delicadeza de uma uva. Ser rica em potássio não lhe reconforta. Tem gente que é rica e não é feliz. Todos que pisam na sua casca escorregam, é perseguida por símios horripilantes e constantemente é assada em tortas. Vida ingrata a da Banana."

Você sabe que o lance é bom quando vêm com um dilema existencial de brinde. Ela é basicamente uma banana feita de resina de 18 cms se enforcando por achar que ser uma boa fonte de potássio não é o suficiente para continuar vivendo. E quem culparia ela? Os gringos tão caindo de pau rasgando elogios ao toy mesmo antes de seu lançamento oficial. E parece que planos de serem lançadas na gringa são reais. Ou seja, além de ser um trampo presença, vai ser o primeiro toy a nos representar lá fora. FINEZA PURA!


R. Darci

domingo, outubro 19, 2008

Toys Brasileiros Pt 2 - iiô


O próximo da lista de toys brasileiros é o iiô. Ele emula um índio brasileiro, tendo uma altura de 19 cms, contando a pena dele, e é feito em resina. Um dos poucos brasileiros que não é plush, têm versões pré pintadas, sendo o padrão o velho DIY, onde você customiza o bichão.

Atualmente, a versão pintada, que inclui o Freddy Mercury, uma versão daqueles ads do iPod e um índio do demonho, saem por R$120. A versão toda branca, DIY, sai por R$95. Vem numa embalagem de pano.

O design é legal, é novo e bem modelado. O único quase problema que eu encontrei é um problema meu, que não curto muito brasileiro tomando temas da brasilidade em coisas como toy art, já que limita muito e eu considero essa modalidade como algo universal. Mas isso não tira o mérito de ser um dos únicos toys brasileiros em resina, ganhando de longe das centenas de pseudo criações de plush.



R. Darci

sábado, outubro 18, 2008

Coletivo Action agora no Twitter


Pra quem não sabe, o Twitter é uma ferramenta de microblogging, ou seja, é uma forma de postar pequenos textos com cerca de 200 caracteres. A idéia é poder estabelecer um novo canal de comunicação com as pessoas que acessam o blog. Nos adicionem lá!

Toys Brasileiros Pt 1 - Ted Hole

Bem, pra começar essa série de Toys brasileiros (uff, essa série vai ser muito curta), vamos falar basicamente de coisas boas criadas por caras daqui. Depois, talvez, de projetos em andamento. Ou não. De modo algum vai entrar algo de plush, bonecas de pano, trapo, ou qualquer outra denominação pra esse câncer. A maioria do toy art plush é composta por monstrinhos genéricos. Outra, se todas suas criações são () peças únicas, você contraria o conceito da replicabilidade do toy, e mata uma parte essencial de tudo isso.

De qualquer modo, hoje é sobre o Ted Hole. O Ted foi o primeiro toy customizável produzido por aqui, e, acho, até hoje só ele e o iiô, que também é bem fino. Criado pelos publicitários Alessandro Novo e Denis Scorsato, o cara tem uns quinze centimetros de altura, custa R$150 pelo blog (mas R$75 pela loja da Plastik), tem uma apresentação fodida. Na caixa, além do toy, vem um certificado, área de teste pra pintura e caneta. Além disso, o material não é exatamente resina nem vinil, é uma mistura secreta dos caras.

Independente do resto que vem na caixa, ele, em si, é de um design, ahn, muito bem louco. Diferente de muita coisa da gringa, é um dos poucos toys que não são simplesmente reciclagem conceitual pasteurizada de trampos de fora. Também não apelam pra brasilidade, sem tocar em temas como floresta, samba, ou coisa que o valha, tornando-o universal, tendo sido citado em mídias internacionais. Vale a pena. Vê lá.


R. Darci

sexta-feira, outubro 17, 2008

Gary Baseman, o cara dos quadros de coelho

Provavelmente a maioria daqui já deve conhecer ele. Mas sempre tem aquele pessoal que esteve preso dentro de uma caverna pelos últimos três anos. Gary Baseman é, resumindo, pintor, produtor de TV e filme, toy artist, humorista e gigôlo. Ganhou três Emmys, tem instalação em Pasadena, expôs em Roma, Los Angeles, Nova Iorque, Taipei, Barcelona e Berlim, e existem rumores de que ele é extremamente bem dotado.

Impossível falar de um artista multi midiático sem falar de Gary. Se você não conhece ele pelo Toy Art, você o conhece pelas pinturas. Ele tem um estilo único no que faz, em sua maioria animais cartunescos com características exageradas, misturando a inocência e o erotismo numa tacada rica e visualmente carregado, sem muita informação. Não adianta ler, veja logo o trampo dele. Não esqueça de ver a seção PAINTINGS. Lá que ficam as pinturas.






R. Darci

Funk Buia: Vídeo velho mas ainda do caralho

Bem, quem acessa o blog há algum tempo (há pelo menos uma semana, RÁ!) viu uma matéria do Digital Dubs onde eu falei do Funk Buia como ex-Planet Hemp. Puta besteira, o Funk Buia nem sequer mora no mesmo estado do Planet.
Normalmente o certo seria por a errata nos comentários e no máximo um update no post. Mas, na Action, fazemos questão de apontar e divulgar os próprios erros, a fim de nos flagelar em busca de um lugar melhor ao lado do Nosso Senhor Lord Kitchener.

Enfim, esse post é pra lembrar, e apontar pra quem não viu, o Megamix da Família 7 Velas, que, inclusive, está o ex-Planet Hemp Funk Buia. Pra quem curte ragga, uma pérola. Pra quem não curte, fica ao menos a dica.





R. Darci

Toy Art. Brinquedo de gente modernosa.



Antes mesmo de escrever uma matéria "que porra é essa?", é bem melhor falar onde comprar um.
Ok, risca isso. Toy art é a junção entre boneco e design, basicamente. Ou seja, são brinquedos de alto custo feitos por artistas e designers, que não são feitos para brincar. Parece esdruxulo, mas quem não tem um não é descolado. Quase como o Tamagotchi nos 90s.


Pra começar, esses bichos são dificeis pra caralho de se achar no Brasil. Outra, ainda são bem caros. Outra2, fiquem longe dos malditos plush. Esses são bonecas de pano em formato de monstro, geralmente com um olho maior que o outro, um X no lugar de um olho e vêm com descrições fofinhas como "Bubu veio do planeta Fofix e adora cerejas" ou algo que o valha. Sem contar que se você vai gastar R$60 com algo que, basicamente, não serve para nada, tente escolher algo que não pareça ter sido feito por sua vó com catarata.


Uma loja que eu curto muito, mas fica no Rio, é a La Cucaracha. Criada pelo cartunista Matias Maxx, lá tem Toy Art, fanzines e seda pra beck. Só finezas, por um preço muito bom. Depois, a Banana Suicida. Loja virtual, mantida pelo Sérgio, criador do toy classudo homônimo, sempre chega coisa nova e o cara manja bastante do assunto. Além disso, o fórum deles tem um pessoal que manda bem e tem uns assuntos pertinentes.


Tem também a Toyger que, pessoalmente, acho meio careira, mas vai do tamanho do teu bolso. A Plastik, moderna bagarai, foi uma das precursoras dessa fita toda em SP, pelo que me lembro. Bottomline, lá é o melhor lugar para comprar, tem sede física e tudo mais. Provavelmente a mais completa, tem coisa à balde e os preços não fogem muito da realidade, em boa parte. Inclusive vende alguns brasileiros. Além dessas, a Toy Art Shop, loja virtual, tem uns itens bacanas a preços legais. O Twinss, aí do lado, tá saindo R$32.





R. Darci

quarta-feira, outubro 15, 2008

Votação 50 melhores da Motown



A Motown, selo clássico que lançou artistas como Four Tops, Funk Brothers, Supremes e Stevie Wonder, tá compilando uma coletânea com o melhor que já lançou, através de uma votação. Além disso, farão shows e eventos pra celebrar a data.
Com certeza uma obra com tracks que moldaram a segunda metade do século XX.


http://www.motown50.com/

Ellen Mcfadden, 80 anos respirando design

A Ellen Mcfadden é uma designer aposentada e que com 80 anos, ainda produz e contribui para fomentar o Design para as novas(e velhas) gerações.
Além de ter trabalhado na área por muito tempo, ainda lecionou em universidades, fora outras ocupações, todas envolvendo o design.
Ela possui uma galeria no Flickr onde posta um grande número de influências, que vai desde o Design japonês até posters de filmes cubanos. É emocionante encontrar alguém com essa idade com tanta energia, produzindo conteúdo e passando muito de suas referências para os outros.
No seu site e blog, ainda é possível encontrar suas pinturas(trabalho em que ela se dedica atualmente como hobby) e um pouco mais sobre sua vida. Aliás, vale uma boa observada não só em seu Flickr, como nas suas pinturas, fortemente influênciadas pela arte construtivista.
Logo abaixo, os links para conhecer mais sobre ela, não percam!

Galeria da Ellen no Flickr

Site da Ellen

terça-feira, outubro 14, 2008

segunda-feira, outubro 13, 2008

Morre -de verdade- estrela do reggae Alton Ellis

Agora é verdade. Um dos maiores nomes da música jamaicana, Alton Ellis, morreu, dia 12 deste mês, devido ao câncer do qual sofria há muitos anos. O Padrinho do Rocksteady deixou 20 filhos.



Alton Ellis
1938-2008


R. Darci

sábado, outubro 11, 2008

Start! Poster


Poster Via Flickr da Action

Raphael Saadiq, do neo-soul ao 60's, sem perder o feeling

Raphael Saadiq com certeza não é um mero desconhecido, nem mesmo um jovem talento, já que foi parte do grupo de R&B Tony! Toni! Toné!, que fez um certo sucesso no fim dos anos 80 e começo dos anos 90.
Adotou o nome atual depois de sair do grupo, e dali pra cá embarcou em carreira solo e de produtor, fazendo parcerias com Joss Stone e até o Jay Z.
Só que é na carreira solo que Raphael Saadiq dá show e mostra uma pegada atual do r&b, mas sem esquecer das raizes dos anos 60, uma das suas principais inspirações.
Em músicas como Big Easy e Keep Marchin, podemos ver exatamente essa mistura, é como ouvir Temptations ou Smokey Robinson, demais.
Se você busca alguma coisa nova na Soul Music com uma pegada do R&B atual, Raphael Saadiq é a escolha certa.
Assista e comprove, não vão se arrepender!

Myspace Raphael Saadiq




A ousadia e estilo de Scott Hansen

O Coletivo Action tem em suas veias a paixão pela arte geométrica e muitas vezes minimalista, com cores contrastantes e o uso de texturas, e é claro que nada mais legal do que no blog poder trazer não só trabalhos do próprio coletivo, mas de artistas do passado e do presente, que nos influenciam de muitas formas.
Um desses artistas se chama Scott Hansen, um americano de São Francisco que recentemente elaborou posters para a campanha do Barack Obama.
O cara produziu alguns cartazes e fugiu totalmente dos padrões visuais das eleições, ainda mais do americano, e fez maravilhosas peças inspiradas em várias escolas importantes, como o Design Soviético e a Bauhaus.
O Scott trabalha como Free Lancer e músico, e possui um blog onde não só posta seus trabalhos como designer, mas como suas influências, que vão desde cartazes das olimpíadas antigos até livros de biologia com suas belas ilustrações.
Num mundo atual em que é difícil achar artistas com seu próprio estilo, Scott Hansen com certeza é um cara a ser observado e reverenciado, não só pela qualidade, mas pela ousadia que tem.
Visite o Blog dele e conheça mais de seus trabalhos e influências!

sexta-feira, outubro 10, 2008

Reconhecimento internacional ao Digital Dubs

... ou ´When Baile Funk meets Dancehall´



A matéria fala sobre o Funk Milk Riddim, lançado pela Digital Dubs, do RJ, que representa há muito tempo, produzindo e discotecando. Eles eram responsáveis por uma festa toda quarta feira, e agora estão na contribuição de uma junção DD+Bangarang, chamada Rockers.

Pra fortalecer a track, eles chamaram artistas como o inglês Tippa Irie, e do Brasil caras fodas como o Funk Buia, ex-Planet Hemp, Arcanjo Ras, raggaman paulistano, Duda do Boréu, MC carioca.

O CD tá sendo lançado pela Muzamba, que sempre traz coisas desde dub até ska, e muita coisa boa do dancehall. Para ouvir algumas, vá no MySpace do DigitalDubs. Lá tem até uma, que não está no CD do Funk Milk (por obviamente não ter sido produzida com esse Riddim), do Mr Catra cantando Dub! Impagável, sérissimo.


A matéria em inglês:

New riddim release out of Brasil featuring veteran reggae artists and mc's of the Baile Funk scene of Rio de Janeiro.

Here is the Funk Milk, a new danchall riddim coming from Brasil. Produced by Digitaldubs, the first reggae sound system hailing from Rio de Janeiro, the Funk Milk riddim is already available as 7’ (Muzamba label), on CD and for download. The crew has gathered veterans from the reggae scene and artists out of Brasil. We find Tippa Irie, Kirk Davis, Daddy Freddy and Percy Dread alongside Brasilian mc’s and deejays as Jeru Banto, Funk Buia, Nabby Clifford, Black Ney, Arcanjo Ras, Duda do Borel, Victor Binghi-I, Bia Black, Lei Di Daí and Funkero.

A tough and original dancehall production influenced by the carioca funk - aka favela funk and Baile funk. Recommended.

Via Notícia no United Reggae



UPDATE: O Funk Buia nunca foi do Planet Hemp. Ele era do Z´África Brasil e do Instituto e, se não me falha a memória (posso estar falando merda de novo), mas ele participava da Família 7 Velas do Jimmy Luv. Erro nosso, falhar é humano, e é fácil se perder num detalhe pra complementar a informação, sem querer falando algo errado.



R. Darci

Calypso Music


Poster Via Flickr da Action

quinta-feira, outubro 09, 2008

O (maldoso) rumor da morte de Alton Ellis

Um rumor, que começou na Inglaterra através de uma rádio, dizia que Alton Ellis havia morrido, devido a complicações da quimioterapia, provavelmente.

LOROTA.

O cara tá hospitalizado, mas a família já emitiu uma nota oficial sobre o caso. Tá certo, ele tá mal, mas falar que tá morto já é maldade.


Aí segue a notícia do The Jamaican Star:
http://www.jamaica-star.com/thestar/20081009/news/news1.html

"ALTON LOSING CANCER BATTLE - Family says hospitalised singer not doing well

Family members of legendary reggae/rocksteady singer, Alton Ellis, say the singer, who has been battling cancer for several months, is not doing well.

Speaking with The Star last night from the United Kingdom, Clive Ellis, one of Alton's sons, revealed that the family was not very optimistic as it relates to Alton surviving the fight with the disease. "We can't say we are hoping for the best in this situation. The family is looking for the worst," Clive said regretfully. "He is gasping for air. He is not talking, he is not moving, I don't think he is going to come out on top of this fight." Clive said the family was still trying to keep strong in these difficult times.

He said his father has been in the hospital for a number of weeks, battling lymphatic cancer. Rumours started circulating yesterday that Alton Ellis had died. However, family members dispelled the gossip. Clive noted: "He (Alton) isn't gone, he is still here. I'm actually in the hospital now, he is very weak, but he is not gone (dead)."

Alton Ellis, a father of 15 children, came to the fore of Jamaican music in the 1950s and has since made his mark with hits such as Cry Tough and Girl I've Got A Date among others.

The vocalist's first wife, Pearl, and his sister, Hortense, both died on October 19, in 2005 and 2000, respectively.

Tragedy also struck the Ellis family earlier this year when Alton's sister, Veronica Ellis, was brutally murdered just before Mother's Day, along with her teenage grandson."



R. Darci

Black Sounds in my city!


Poster via Flickr da Action

quarta-feira, outubro 08, 2008

Lennie Hibbert, Jamaica's #1 vibraphonist

Leonard Aloysius Hibbert, ou conhecido apenas como Lennie Hibbert, foi o rei do vibrafone na Jamaica.
Influenciado por Johnny Lyttle, um dos grandes mestres do vibrafone nos EUA, Lennie Hibbert começou cedo e logo aos 2 anos conseguiu uma pequena bateria encontrada no lixo.
Aos 8, entrou para a lendária Alpha Boy's School, onde foi baterista.

Depois de sair da escola em 1944, tocou em pequenas orquestras até entrar em uma banda militar, em 1946. Foi durante essa época que ele aprendeu sozinho a tocar o instrumento que depois lhe daria fama. Mais tarde, retornou a Alpha Boy's, está já com os grandes Floyd Lloyd e Vin Gordon como estudantes, mas no cargo de professor.

Seus dois albuns, "Creation" e "More Creation", ambos produzidos por Coxsone Dodd, da Studio One, se notabilizam pela bela mistura do reggae, do soul, e até mesmo um pouco de calypso, de uma forma exótica, onde o vibrafone passa aquela boa sensação relaxante, sem deixar de ser dançante. O maior exemplo disso, é o seu maior sucesso, o híbrido reggae/soul "Village Soul" influenciado pela canção "Village Caller" de Jonny Lyttle. Nessa canção, com uma bateria cadenciada e suingada, e com o vibrafone de carro chefe passando uma sensação muito boa de tranquilidade. Em alguns trechos da músicas ainda podemos ver o som de um orgão auxiliando a manter o clima da canção até o final.

Na canção "Nature Boy", com estilo mais batucado, e com notáveis influências do mento e do calypso, temos a participação de Jackie Mittoo no orgão, e claro, dando seu show particular sem ofuscar Lennie.

Com certeza, Lennie Hibbert faz parte daqueles artistas não tão lembrados, e que merecem ser escutados, não só pela qualidade, mas pela originalidade e elegância do som usando um instrumento que talvez seja um dos grandes expoentes da música negra, seja ela do caribe, seja ela norte americana.

Em 1976, Lennie Hibbert foi premiado com uma ordem ao mérito pelas suas colaborações na música e na sociedade jamaicana.
Sua dedicação sem cansaço em integrar jovens na música, na dança, na atuação, e claro, junto com seu grande talento musical, foram suas principais marcas ao longo da vida.
Lennie Hibbert nos deixou no começo dos anos 80.



Texto da antiga Big Bamboo

Gil Scott Heron



Você não poderá sair para tomar cervejas durante o comercial.
Pois a revolução não será televisionada.

Via Youtube da Action

Morre Gigante Brazil

Um puta artista do cenário nacional, na estrada desde 70, Gigante Brazil, nos deixou no fim do mês passado.
Uma amostra de como muita gente boa tá sendo preterida por Rock clichê e pasteurizado para pré adolescentes preguiçosos. E, infelizmente, esse não tem mais como resgatar.



Via Kriola - Música nega do cabelo duro.

R. Darci

Novas Direções!


Poster Via Flickr da Action

segunda-feira, outubro 06, 2008

Pannonia Allstar Ska Orchestra, PASO

Cacete, com um nome desse eu não deveria nem escrever o resto da matéria.
Esses caras provavelmente são mais conhecidos que as outras bandas da Hungria que eu tenho postado. O clipe homônimo ao nome da banda chegou à terras brasileiras através do YouTube, sendo que quem era fã de Ska, acabou por ficar sabendo e se apaixonar. Mas a falha da banda em colocar coisa nova no portal acabou deixando o pessoal daqui brochado.



Mas, felizmente, eles fizeram quem achou que eles eram um one hit wonder do ska, morderem a língua. Além da PASO, é fácil achar a Babylon Focus, um ska animado, porém afastado da chicletice do skacore e do third wave, erro comum de muita banda que tenta fazer algo rápido.



Eles têm o próprio selo de distribuição, a PASO, que, segundo os próprios, é para disseminar o resto do ska na Húngria. Além disso, internacionalmente, são assinados pela Megalith, antiga Moon Ska Records, que lança e distribui bandas do mundo inteiro. Além disso, a distribuidora PASO faz a Big Skaland Skanking Camp.

Falar tudo isso não faz diferença alguma. O que importa é ouvir. Com estilo único, contando até com violino na formação, é uma banda que, em qualidade, compete no ranking mundial como uma das melhores. Chequem o myspace da banda.





R. Darci

Irie Maffia, representando o reggae húngaro


Fazendo uma mistura atual de reggae, turntablism e ragga, até o sotaque jamaicano eles tentam emular, com a ajuda da MC Sena, que toca também na Barabás. Trabalhado, com uma seção forte de metais, no clipe tem até uma mina com fantasia de carnaval, seja lá por qual razão. A banda existe desde 2005 e agrada desde fãs de reggae até a garotada do hip hop. Foi tão bem recebida nesses três anos de carreira que já concorre ao EMA, European Music Awards, pelo melhor show húngaro.
Se achou o vídeo bom, saque o myspace.


R. Darci

domingo, outubro 05, 2008

The Uptown Felaz, pedrada húngara

Apesar desse nome meninão, a banda é boa. Continuando a série ´bandas fodas e desconhecidas dum país menor que o Boqueirão´, ela traz alguns remixes e releituras de músicas conhecidas, como a Magnificent 7, que aparece em outro ritmo, um dub funkeado. E, mais impressionante: Um vocal em português! Inclusive, casou perfeitamente com o som trabalhado. Parece algo que poderia ter sido produzido aqui, com algumas influências que dá pra captar. Não sabendo a origem, é fácil chutar que é uma nova banda brazuca.
Sério, Uptown Felaz vai ter surpreender. De uma ótima maneira. Pare de ler isto e vá ao myspace deles.



R. Darci

Barabás Lőrinc Eklektric, música negra húngara.



Maravilhoso. Como muitas pedradas feitas na Hungria, esse pessoal faz uma mistura fodida. Instrumentalmente, um jazz funkeado fora do comum. Nos vocais, MC Sena e MC Kemon. Turntablism flerta com Coltrane, o ghetto arrebatado com fineza. Um som maduro, inovador, incomum e, porra, animador.
Não deixe de escutar. Não importa do que você goste, esse som exala classe.

Pra quem quiser ouvir mais, vá ao MySpace da banda.


R. Darci

Don Drummond. Cósmico!

Como uma das grandes diretrizes da Action, a música negra, a verdadeira música da alma, pra inaugurar parte concreta do conteúdo : uma matéria sobre uma puta influência do reggay e do trombone, the man with the big trombone, Don Drummond. (Adaptado de outras matérias publicadas minhas).




Também conhecido como “Don Cosmic” nasceu em 1943 na capital jamaicana e assim como muitos outros jovens da periferia de Kingston estudou música na Alpha Boys School (que formou muitos dos grandes nomes da música jamaicana na época).

A história do cara é meio que uma incógnita em algumas partes, já que como toda lenda, pouca coisa se sabe do seu começo. Em 1954 foi escolhido como melhor trombonista de sua escola, Alpha Boy School, uma escola católica e rígida com até mesmo castigos físicos, tinha uma educação em vários campos voltados para a música clássica e de marcha, e de onde saíram grandes nomes jamaicanos.

Em 55 começou a tocar com Tommy McCook e Roland Alphonso, ambos membros fundadores do Skatalites. Depois ainda formou o Don Drummond Four. Recebeu ainda suporte de Clement “Coxsone” Dodd, bam bam bam da música na época, dono da gravadora Studio One, que tocava trechos seus em suas sound systems. Don Drummond havia passado por muitos hospitais psiquiatricos e nem sequer tinha um trombone, mas Coxsone estava muito impressionado com seus solos e sessões de trombone.

Assim, em 1956 ele grava seu primeiro disco, chamado “On The Beach”, com Owen Grey, o primeiro cantor a alcançar notoriedade na Jamaica fazendo algo que não fosse calypso, nos vocais. Em 1962 Chris Blackwell começou a relançar gravações jamaicanas na Inglaterra e muitas das composições de Don Drummond só viram a luz do dia pelas mãos dos selos Island e Black Swan. Ele gravou mais de 300 músicas antes de morrer com apenas 27 anos de maneira misteriosa. Em 1964, sob supervisão de Coxsone, o tecladista e diretor musical Jackie Mittoo começou a contratar os melhores músicos da Jamaica para criar um som que dominaria a cena musical local nos anos que se seguiriam.

As sementes do Skatalites eram Jackie Mittoo ao lado de Johnny Moore no trompete e Lloyd Knibbs na bateria. Depois que o guitarrista Lynn Taitt e o saxofonista Tommy Mc Cook decidiram entrar na banda o Don se tornou, pelas mãos de Jackie Mittoo, o mais influente compositor e músico na banda. Em seu primeiro disco solo, “Don Cosmic” lançou as seguintes músicas “Confuscious”, “Ringo”, “Treasure Isle”, “Eastern Standard Time”, “Heavenless”, “Occupation”, “Meloncolly Baby”, “Snowboy”, “Elevation Rock”, “Schooling the Duke”, “Valley Princess”, “The Reburial of Marcus Garvey“, “Addis Ababa”, “African Beat” e “Further East”.
Em 1964, “Man in the Street” entrou para o UK Top 10 e mais tarde em 1967, a adaptação de Don Drummond para o tema do filme “Guns of Navarone” rendeu a ele o seu segundo UK Top 10. Don Drummond não era só um gênio. Seu prestígio com os outros músicos começou como um sonho e se tornou uma história de esperança para qualquer garoto dos guetos que tocava música.
Isso porém começou a trazer stress e problemas para Don Drummond. A pressão da fama junto a sua saúde mental que piorava cada vez mais seria uma bomba para a carreira do músico. Em 1965 foi achado o corpo de Anita Mahfood, uma dançarina de cabaré, e Don Drummond preso como autor do homicídio. Após condenação e exames foi mandado para o asilo Belle Vue onde morreu em 1969.


Mas a história não termina aí. O baterista Hugh Malcolm rasgou o atestado de óbito do serviço funerário, se recusando a acreditar na história oficial. Assim como muitos na Jamaica, Malcolm acha que a morte de Don Drummond não foi suicídio, mas sim que apanhou até sua morte, espancado por guardas, com o aval do governo que era contra a cena musical de West Kingston por anos e contra o crescimento rasta.

Outra teoria inclui a contratação de gangsters por parte do pai de Mahfood. A história não é simples, são um conjunto de teorias que tentam desvendar esse caso, mas a verdade é que Drummond era um homem doente e juntamente com a pressão da fama vivia sua vida no fio da navalha. A história da sua vida e música é a típica história do gênio que termina em tragédia. Para terminar, as palavras de um homem que conheceu e trabalhou com Don Drummond, o grande Tommy Mc Cook, sobre o início do Skatalites: "O line up incluía Don Drummond. Ele era realmente fantástico tanto como compositor como instrumentista. Não tinha truques. Ele simplesmente pegava qualquer base de ska e transformava aquilo em diamantes."





R. Darci

Manifesto

Ratings by outbrain

Action é um conjunto de idéias voltado para o design, música negra e jornalismo gonzo proveniente de Santos, SP. Confira nosso Release ou entre em Contato.