sexta-feira, fevereiro 27, 2009

Mayer Hawthorne veio pra ficar!


Mayer Hawthorne veio pra ficar. Vindo de uma cidadezinha perto de Detroit, o cara cresceu ouvindo soul e jazz e acaba de lançar pela Stones Throw um single do mais puro "Motown Sound". É, acreditem, o cara gravou dois sons que mais parecem ser músicas dos anos 60, tamanho o esmero que foram produzidas por ele.

Com influências de Smokey Robinson, Curtis Mayfield e o trio de ouro de compositores da Motown, Holland-Dozier-Holland, são músicas que transportam quem ouve pros tempos em que a música negra tinha uma produção simples mas com resultados impressionantes. A alma vintage que foi conseguida através da gravação despertou espanto de muita gente, a galera achou que o cara estava apenas editando algum som e usando sua voz em cima, ledo engano, ele toca todos os instrumentos e ainda canta! O single foi lançado em um 7' polegadas em forma de coração, foda bagaralho.

No finalzinho de 2008, depois de receber elogios de caras fodas como Mark Ronson e assinar com uma das gravadoras mais interessantes do momento, a já mencionada Stones Throw, Mayer Hawthorne tem tudo pra estourar. É o típico caso de coisa que surge na hora e momento certo, talvez seja um forte indício que teremos um novo destaque esse ano na Soul Music. A previsão é que no verão de 2009 seu disco de estréia seja lançado e mais coisa boa venha por aí. Pelo menos a gente torce pra isso acontecer!




quarta-feira, fevereiro 25, 2009

Brochuras de viagem antigas fodidas!

O Travel Brochure Graphics é um site bem básico, parece que foi feito nos primórdios da Internet. Ele conta com um acervo foda de jornais e revistas feitas no começo do séc XX.
É uma verdadeira galeria de trampos fodidos de países como Alemanha, Rússia, Itália, Luxemburgo, Suiça e coisas Asiáticas. David Levine, criador desse projeto, começou a coleção em 1992 enquanto curtia sua estadia em Praga, onde ficou por 2 anos.
O cara, assim como a Action, é pirado em brochuras de viagem, mapas de rodovias, posters e demais publicações dos anos 20, 30 e 40. No site dá pra encontrar muita coisa louca, desde cartazes soviéticos até propagandas de resorts italianos. Abaixo, selecionei os trampos que mais curti, dando maior ênfase nos temas náuticos.




Diagramação louca pra porra num anúncio de viagem!


Exemplo foda de composição de foto, cores e tipografia



segunda-feira, fevereiro 23, 2009

O Design sueco com motivos náuticos


A gente nunca postou nada em relação a decoração ou coisa do tipo, mas essa merece. A Segaform é um estúdio sueco fodido que produz peças inspiradas no design nórdico. A idéia deles é contar com pessoas focadas em produzir coisas inspiradas em tradições suecas, mais especificamente. O legal de tudo isso é o tipo de pegada que os caras tem, buscando raízes e aliando com conceitos minimalistas. Eu pensei em colocar mais coisas feitas por eles aqui, mas o que teria mais a ver com a Action foi esse conjunto de utilidades para a mesa de jantar. O uso de cores primárias como azul, vermelho e amarelo aliado com desenhos simples dos barquinhos e dos faróis, dão um ar meio vintage, fora que não tive como não deixar de lembrar de alguns souveniers com motivos santistas que sempre dava pra se encontrar em algumas lojas por aqui. Não deixe de conferir o site do estúdio Segaform!



domingo, fevereiro 22, 2009

Barack Obama never lets you down

Um post atrasado!

Bem, um mês atrasado pro assunto, contudo ele ainda rende muito. E com uma tonelada de coisa boa. Além das inúmeras mix tapes e músicas bronhas e patriotas feitas pelos americanos, o Caribe teve um carinho especial com o Barack Obama. Aos meses anteriores a eleição do primeiro presidente negro da história americana, uma série de artistas de reggae e calypso produziram e lançaram músicas em prol do político. Nessa lista se encontra Mighty Sparrow e Cocoa Tea, além de outros. Fiquemos com os melhores:

















Esse é straight outta Ghana:





E uma versão melhorada do vídeo acima, com um clipe de verdade pra fechar com chave de ouro: esta track fica na cabeça.

quarta-feira, fevereiro 18, 2009

Tay Zonday - Chuva de Chocolate



Tay Zonday. O que falar desse cara? Ficou famoso em boa parte por causa de um imageboard chamado 4chan, ele é um cantor americano jovem, deve ter uns 26 anos, e uma voz impressionante. Ele canta com uma voz grossa que você não imagina que ele tenha, parece dublagem. Isso sem contar que todos os vídeos dele são em estúdio: ele faz expressões hilárias e adiciona comentários cretinos para explicar o que está fazendo.

Estourou com a música Chocolate Rain, de autoria própria, provavelmente a mais chata dele, sendo que o refrão é praticamente ele repetindo ad infinitum a expressão Chocolate Rain. Atualmente seu canal de Youtube tem mais de 96 mil assinantes e seus vídeos chegam a milhões de visitas, como a própria Chocolate Rain, que tem 34 milhões. Confiram o canal de Iutubiu do rapaz.

R. Darci

segunda-feira, fevereiro 16, 2009

sexta-feira, fevereiro 13, 2009

Dan le Sac vs Scroobius Pip



Dan le Sac vs Scroobius Pip é um dos melhores expoentes de uma nova leva de hiphop diferente. A banda fala da indústria musical de um modo eloqüente pra caralho, variando os temas de suas músicas desde amor até Deus e situação mundial. Ingleses de Essex, tiveram seu primeiro álbum lançado em maio de 08 na Inglaterra, sendo que já haviam feito shows pela Europa toda e estourado com a música Thou Shalt Always Kill. Isso sem contar o visual impagável do Scroobius Pip. Visitem o Myspace da Banda.

R. Darci

quinta-feira, fevereiro 12, 2009

Ninjaman aka Don Gorgon aka Worst rudebwoy in Jamaica


"When I was a likkle stereo, I listened to some champions; I always wonder, when I would be the number one; now you listen to the Gorgon, and the Gorgon sound a reign, and any chump that come test me, me a gon' lick out dem brain"


Se você perguntar pra mãe dele, ela nega, mas Ninjaman garante que matou cinco policiais aos dois anos. Com músicas falando como ninguém atira como ele, pedindo permissão para enterrar, e várias tracks sobre armas como My Weapon, New gun fi lick, o cara escreveu verdadeiros hinos à paz: Hardcore Killing e Murder Dem. Pois é, o Ninjaman, aka Don Gorgon, só pode ser descrito como um fanfarrão a lá Zé Pequeno jamaicano.

Começou com outros deejays, como o Supercat - que mais tarde teria uma rixa fodida- e o Early B. Trampou com nomes como Redman, Cocoa Tea, Gregory Isaacs, Ini Kamoze (Here comes the hotsteppa!) e Xterminator. A fase mais cruel do cara produziu pedradas piores que qualquer proibidão. Em uma Sting, festival jamaicano de música, tirou o Shabba como ninguém. O cara não teve nem chance, com o Don até sentando pra esperar algo de bom do Ranks. Um dos melhores clashes que eu já vi, verdadeiramente memorável.


"Bad bwoy original. Me kill dem anytime,any deejay, any where, any month, any... minute, any second. Dead go, send dem come!"


Em 97 ele reaparece como renascido em Cristo, (Pff!), numa tentativa de se livrar do seu vício em crack. Pouco depois ele foi acusado de estuprar uma mulher com uma faca e depois de ter assassinado um taxista. Mesmo com essas acusações terem sido revogadas, em 99 ele passou um ano na cadeia, por, ilegalmente, possuir armas e munição. Quem diria?
Pouco depois que saiu da cadeia, em 2001, ele levou vários golpes de machadinha na cabeça, em uma briga familiar. Meses depois, preso por dirigir loucão. Em 2002, preso por fazer merda na Reggae Carifest.

Mesmo pecando em informações relevantes, como discos bons ou sequer o nome verdadeiro do cara, esse post não é sobre isso. Mas sim para celebrar gratuitamente esse que é um exemplo para as crianças do nosso futuro, o pior rudebwoy deejay da Jamaica.

R. Darci

quarta-feira, fevereiro 11, 2009

Presents: Underground british youth cultures

"Os Sausage Boys, como eram conhecidos pela mídia britânica, se reuniam em grills londrinos como o Goldbeef e o Pork Club para exibir suas roupas, em geral justas e salientes na barriga. Eles usavam tipicamente táxis como meio de transporte, visto que andar a pé não os satisfazia, motos tombavam e carros eram apertados. Uma das razões é que o transporte público era geralmente apertado e a maioria dos garotos ficava preso nas catracas."


- British youth cultures and their ramifications, pg 74. Por Wayne Chesterfield

Find sex partners in Taboão da Serra

Aqui é uma dica rápida: o blog do Arnaldo Branco, cartunista classudo e sacadíssimo.

Aqui é uma dica paga: o blog O de sempre nunca, blogueiros selecionados num projeto da Bavária.

Aqui é uma dica divertida: o blog de brinquedo, o maior de toy art nacional.


E, ainda hoje: um post de verdade!

segunda-feira, fevereiro 09, 2009

#29


sexta-feira, fevereiro 06, 2009

Mama Afrika never lets you down #2

Pra curtir esse fim de semana sossegado, nada melhor que umas recomendações de som! A idéia é tornar esses tipos de posts tradicionais, vamo vê se dá certo.

Pra começar, o mito Van Morrison botando pra quebrar em um show feito em 2009 que deve ser lançado em DVD. O cara tá mandando bem pra caralho fazendo um lindo Celtic Soul, um gênero criado por ele mesmo, com influências de música irlandesa e música negra americana, especialmente Ray Charles & Sam Cooke. Demais:





A união de dois gêneros que são próximos, mas dificilmente são explorados. Um dos maiores exemplos desse som é o grande Terry Callier, que já foi Soulman, trampou com computação, até voltar a carreira de músico tocando uma bela mistura de Folk+Soul. Não há como não reparar no baixo dessa música, foda bagaralho.





No ano em que a justiça parece estar sendo feita com ele, a Action não vai deixar de falar do grande Simonal. Como não temos o cacife de fazer homenagens maiores, publicamos aqui esse belo vídeo do cara mandando esse autêntico soul made in brasil: Tributo a Martin Luther King.





Um dos caras mais legais do samba, o grande Germano Mathias. Ele é respeitadíssimo e mesmo com quase 80 anos, parece um moleque de tão porra louca que é. Nesse vídeo, Germano tá mandando "Samba de Periferia" lá na praça da república, junto com os engraixates. É o samba paulista no seu habitat natural, o asfalto.


segunda-feira, fevereiro 02, 2009

O peso da arrogância malfundada contra a leveza do rap.

Ok, você pode estar pensando "vocês estão uma semana atrasados LOL", mas foda-se, a demora é pra isso mesmo. Uma dica: postar o texto do YouTube sem qualquer critério não adiciona nada a ninguém.

Pra quem teve mais o que fazer na última semana do que acompanhar o Campus Party, ou acompanhou pelos meios errados, um resumo: Um cara (ao contrário de todo o resto da merda da blogosfera, não vou chamar os campistas de nerds), aparentemente apelidado de Virbickas, Verbenga, algo do tipo -não vou lá olhar, isso não importa- liderou um pequeno levante contra o rapper De Leve, frontman da banda Leme e ex-Quinto Andar. Acontece que a organização da CP pensou em tudo atentamente; o palco foi frequentado por artistas como Teatro Mágico e afins.

O foda de misturar essas coisas é que nunca dá certo. Micreiros (aposto que você não ouvia essa expressão há uns 8 anos, RÁ!) tem um gosto plural, e, portanto, qualquer tentativa de agradar sonoramente seria uma tarefa fodida de se fazer. Ou, como neste caso, um enorme FAIL. Um critério a ser usado seria o de artistas que cresceram graças à internet, o que tiraria o soberbo Teatro Mágico de cogitação.

De qualquer modo, voltando ao lance do De Leve, o cara foi interrompido no meio da última música por um semi gordo com uma merda de chapéu de siri do firefox(wtf?) querendo sair na mão com ele, ao que o carioca levou até de boa, deu o cara a chance de falar o que queria, interrompeu o show e foi embora. Uma pequena vitória pra um homem, uma grande vergonha pro resto do Brasil. Imagina-se que alguém que tenha o cacife pra ir pra Campus Party-cara-pra-caralho tenha adquirido o mínimo de senso na faculdade pública ou no colégio particular em Alphaville (generalizar é delicioso) para saber que porra, o cara foi pago pela organização pra tocar. Não tá ali de bobo.

O rapper, como alguns devem saber, além de ter sido um dos primeiros artistas brasileiros a distribuir música dentro do Creative Commons, é sarcástico pra caralho nas letras, o que revoltou o público na música México (Mexe o cu / mexe o cu / mexe o culote). O que é mais foda é a reação blogueira, cretiníssima. Alguns chamando o De Leve de funkeiro, outros putos porque ele chamou os caras de virgens, coisa que ele não fez, e o corinthiano que peita o Virbengas depois que ele confronta o De Leve, sendo que o cara sequer estava com o rapper. Outros até mesmo postando que funk é "coisa de preto bandido e que não tinha que estar cantando, mas devia tar morto". Lamentável.

Sinceramente? De uma enxurrada de posts só com o vídeo e outra de posts não embasados, os poucos que se salvam é o Caio Teixera, do Game Over da Ig, os caras do Per Raps e, com poucas mas boas palavras, a Flávia Durante, que, inclusive faltou à almighty Caranguejada. Imperdoável.

Esse post taí por duas razões:
O De Leve é um dos melhores rappers brasileiros, numa opinião pessoal.
Caçar hypes pra aumentar o pageview e engrossar a fileira de ignorantes só serve pra fazer a mídia eletrônica aberta ainda mais desacreditada.

Volte três casas, blogosfera brasileira.

R. Darci

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