domingo, fevereiro 07, 2010

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quinta-feira, dezembro 31, 2009

Última post do ano e novidades para 2010


Foi um ano complicado. É, amiguinhos, nada melhor do que começar a última post do ano de forma polêmica. 2009 foi um ano cheio de idas e vindas nas vidas dos dois gordos que fazem o coletivoACTION. Em meio a um caldeirão de emoções, problemas, trampo, crack e preguiça, houve uma série de coisas bacanas. Nossa palestra no Samba, onde pudemos, de alguma forma, passar ao público alguns conceitos e idéias sobre produção autoral, além de mostrar nossos corpinhos deliciosamente acima do peso. Uma experiência interessantíssima, diga-se de passagem.

Além da palestra, tivemos um outro evento importante no ano, a Bomboclaat, festa tradicionalmente organizada pelo Rui e que dessa vez contou com apoio da Action. Num dos picos mais legais e esquecidos da cidade, o Mercado Municipal, talentos da região como Cassius Clay, Dubkilla e Reggay420, além de outros projetos de fora, tiveram a oportunidade de tocar o melhor do reggae, ska, rocksteady e funk. Mesmo com os atrasos e problemas com o som, as coisas rolaram e nos deram a sensação boa de estar podendo trazer a produção do coletivo além blog e na cidade de Santos, uma das nossas metas e que pretendemos aumentar ainda mais o foco para 2010.

Aliás, adiantando algumas coisas para o próximo ano: ao contrário do anterior, chegamos mais confiantes e prometemos novidades gostosinhas para janeiro/fevereiro. Passaremos por algumas mudanças importantes, bem como participação de novos colaboradores e assuntos abordados por aqui. Tudo é claro, mantendo a produção autoral e feita de forma fofinha que vocês já conhecem. Muitos estranharão que a falta de atualizações continue, mas ao contrário dos últimos tempos, em que o blog sofreu pela falta de tempo de seus organizadores, a idéia é "fechar" para melhorias e trazer tudo(ou quase tudo) novo para o ano que vem. Tenham paciência, coisas boas virão!

Para finalizar, queremos desejar a todos os leitores e as pessoas que nos ajudaram durante esse ano, um feliz ano novo! Muito caranguejo, praia, calypso e boogie funk nesse verão. E claro, juízo, hein, amiguinhos!

quinta-feira, dezembro 24, 2009

Cartões de Natal para imprimir!

A Action, fofinha como sempre, tá disponibilizando duas versões de cartões de Boas Festas para serem baixados e impressos. Sugerimos que sejam impressos em papel fosco e com gramatura alta, ok? Mande para seu amiguinho, namorada ou mesmo o seu chefe danadão. É o nosso presente, enquanto não ficamos ricos e fazemos uma festa no Ap do Rui. Esperamos que gostem.

E bem, no dia 31, faremos uma post especial com uma retrospectiva de 2009 e falaremos um pouco das deliciosas novidades que estamos programando para 2010. Como diria o falecido: Não percam!





































quarta-feira, dezembro 16, 2009

#50 Mercado do peixe


Poster Via Flickr da Action

quinta-feira, novembro 26, 2009

Primeiro Indie Rock Fest

Todas as quintas, o colega Ciro Hamen, do Acento Negativo, escreve crônicas sobre a cidade pra Action. Depois de um período de férias, o cara tá de volta. Hoje, sua vigésima segunda crônica.

No dia 26 de novembro de 2004 aconteceu a primeira edição do histórico Indie Rock Fest, evento que marcou o final daquele ano, em Santos. Tinha voltado dos Estados Unidos há pouco mais de dois meses e já havia montado uma banda, o La Motocyclette, na qual eu tocava baixo e cantava. Para tocar guitarra, chamei o Elito, um cabeludo de óculos, que tinha acabado de conhecer por meio de um amigo, o Papito, que também fazia parte do grupo, mas resolveu sair, e na bateria, ficou o Robson, um fã de Teenage Fanclub e Nada Surf, que conheci em um show, de maneira peculiar: perguntando de pessoa em pessoa se alguém tocava bateria. Com o intuito de fazer um som sujo e cheio de guitarras distorcidas, convidei alguns outros grupos para ajudar no festival, que ia acontecer no Praia Sport Bar, única casa de shows que abria as portas para o rock na cidade.

O pouco trabalho que tive foi o de fazer alguns flyers xerocados em papel sulfite, distribuir por lojas, faculdades e pontos importantes da cidade, além de criar um CD bem eclético, que ia de Rilo Kiley a Interpol e Belle and Sebastian a Bright Eyes para rolar no evento. Arranjar a data no Praia Sport e ensaiar toda semana com a nova banda também faziam parte das obrigações, claro.

As atrações do evento eram as seguintes: La Motocyclette, a minha banda; The Last Day, “projeto solo” do Elito, guitarrista do La Motocyclette; Daylight Sparks, liderada pelo Gilmar, irmão do nosso baterista, Robson, que fazia um som com letras em português e melodias adocicadas a la Weezer; Smile, indicada por ele, que seguia essa mesma linha; e Supergrave, banda do lendário Peruca, do Guarujá (o apelido era por causa de sua antiga cabeleira que ia até a cintura), também no estilo Weezer/Nada Surf.

Pouco mais de cem pessoas encheram a casa naquela noite de sexta-feira. Um verdadeiro feito para um evento sem grandes nomes e de um gênero mais ou menos desconhecido na época, o indie rock.

Entre todas essas pessoas que quase lotaram o lugar, o Bruno, um de nossos novos amigos roubava a cena. Ele tinha saído do trabalho às 10 horas e com a intenção de chegar “meio bêbado” no show, comprou um “barrilzinho” de cachaça no caminho. Conseguiu beber metade do recipiente até a porta do Praia Sport e para não desperdiçar nada, virou o restante de uma só vez, pois não era permitido entrar com bebidas alcoólicas. Em poucos minutos ficou desacordado. Foi socorrido por alguns amigos e depois levado para o banheiro. Mal sabia que não veria nenhum dos shows a seguir.

A primeira “banda” da noite foi o The Last Day, que na verdade era o guitarrista do La Motocyclette, Elito, cantando e tocando guitarra, sem o acompanhamento de mais ninguém. Obviamente, a apresentação serviu apenas para adicionar mais “atrações” ao festival e foi motivo de chacota durante os poucos minutos que durou. Algumas meninas mais exaltadas ameaçavam jogar latas e xingavam o garoto, que saiu do palco cabisbaixo ao perceber que não agradou os presentes. Sem piada, aquele foi o último dia e último show do The Last Day.

Logo depois da apresentação, ele resolveu levar a namorada para casa e prometeu voltar ao Praia Sport a tempo do nosso show (seríamos a terceira banda). Meio contrariado e já sabendo que aquilo não ia dar certo, falei pra ele ir e voltar logo. Aproveitei para tomar umas cervejas e confraternizar com a galera que estava presente, enquanto o Daylight Sparks subia no palco. Gilmar tocava as suas canções, que, segundo o próprio, são “cheias de açúcar”, para um público que àquela hora da noite chegava ao seu ápice.

Enquanto isso no banheiro, as pessoas não entendiam o que estava acontecendo com o Bruno. Ninguém sabia quem era o sujeito caído em uma poça de merda e vomito, completamente desacordado. Uma garota que ficava com ele na época queria ligar para o 190 ou para os pais do semimorto. Por sorte, o Indie Rock Fest não foi interrompido pela chegada de uma ambulância para resgatar o moribundo. Alguém muito esperto impediu que o telefonema fosse feito.

Apesar do coma alcoólico do Bruno, a minha preocupação era com o nosso guitarrista, Elito, que não aparecia. O Daylight Sparks já anunciava a sua última música, um cover de “100%”, do Sonic Youth, e o guitar-hero do La Motocyclette ainda estava fora com a namorada. O CD usado como música ambiente, cheio de hits indie, já estava prestes a entrar em repeat pela segunda vez, quando achei melhor dar a vez de terceira banda da noite para o Supergrave. Peruca e seus amigos começaram a plugar as guitarras e montar a bateria no palco.

Um pouco depois, finalmente Elito chegou. Completamente descontrolado, fui pra cima dele, querendo quebrar a cara do infeliz. Tentando desviar a atenção, Elito ia em direção ao palco, dizer ao Supergrave que estava na nossa vez de tocar. O festival só não acabou em tragédia porque fui contido pelo Papito e pela “turma do deixa disso”. Segurado em um canto, tudo o que podia fazer era insultá-lo. O som do Supergrave abafava os xingamentos acalorados.

Quando a poeira baixou, Elito me chamou para dividir uma garrafa de vinho do lado de fora do local da apresentação. Vendido - e pelo bem do show que faríamos em poucos minutos -, resolvi fazer as pazes com o cara responsável por ter jogado o La Motocyclette para o final da madrugada. Ele pediu desculpas e disse que era bom tocarmos por último, pois seriamos a melhor banda e o pessoal ia embora pra casa impressionado.

O problema é que já eram altas horas da noite e a maioria dos presentes estava com sono e começava a ir embora. Melancolicamente, me despedia de todos que iam para casa, se desculpando por não poder ficar e assistir ao show. Sem muita alternativa, o jeito era beber.

A quarta banda da noite, o Smile, já subiu no palco meio cabreira, pois no seu último show, o Papito tinha recepcionado os caras imitando a voz de boneco inflável do vocalista. Dessa vez, eles puderam entrar sem serem avacalhados e até dedicaram uma música ao “fracassado”, que estava desmaiado no banheiro (ao ficar sabendo da “homenagem”, depois de recobrar a consciência, Bruno não poupou xingamentos aos panacas).

Lá pelas 3 horas da manhã, finalmente chegou a vez do La Motocyclette. Poucas pessoas ainda estavam no Praia Sport Bar para ver o show. Bêbados de vinho e ainda sem muito ensaio, erramos praticamente todas as músicas. Alguns amigos, disfarçando o constrangimento, disseram que “parecia o Nirvana”, devido à empolgação do Elito, que balançava a cabeleira, enquanto surrava a guitarra. Outros - mais sinceros - diziam que a gente “precisava de mais ensaio”.

Obviamente, este foi o último show desta banda. E ali também acabava a curta amizade com Elito.

No banheiro, o segurança da casa com um rodo nas mãos resmungava: “Não sabe beber é foda”. Bruno era levado para fora do Praia Sport junto comigo, Robson, Papito e Gilmar. Naquela embriaguez de madrugada-quase-manhã podíamos perceber que nascia ali uma amizade duradoura.

Já com o dia amanhecendo, resolvemos passar no supermercado para tomar umas cervejas. Não contente com o que tinha acontecido há pouco, Bruno pegou uma garrafa para tomar conosco. Um amigo meio maluco, que se dizia responsável por ter “trazido o Modest Mouse para o Brasil” e me chamava de “rei do Indie Rock”, comentava que só conhecia duas pessoas que tinham ressuscitado no mundo: Jesus Cristo e o Bruno, a quem chamava de Bukowski, pelas semelhanças (não físicas, mas de filosofia bêbada) com o escritor norte-americano. Depois disso, Bruno nunca mais conseguiu virar cachaça.

Ciro Hamen é jornalista, escreve diariamente sobre cinema no blog www.acentonegativo.blogspot.com e todas as quintas-feiras no Coletivo Action.

sexta-feira, novembro 20, 2009

FESTA FUTURAFRICA recebe Speedfreaks

Amiguinhos, quem estiver na baixada nesse domingo colem na FUTURAFRICA. A festa, que já virou tradicional por aqui, recebe o rapper carioca Speedfreaks. Além é claro, da tradicional discotecagem do amigo DJ Lufer e o Betinho Machado do Radiola Santa Rosa. Mais infos no flyer:

quarta-feira, novembro 11, 2009

You gotta believe...it's Sharon Tandy!

A Inglaterra foi um dos países que melhor assimilou a música negra ao longo dos tempos. No pós guerra, a influência americana no mundo se acentuou mais ainda. Já era comum as rádios do mundo todo tocarem blues, jazz e soul. Isto fez uma geração inteira de jovens brancos se influenciarem por estes gêneros. Sharon Tandy fez parte desta geração.

Sul-Africana de nascimento, a jovem judia mudou-se para Londres aos 17 anos graças a Frank Fenter, cabeça da Atlantic Records no Reino Unido. Apaixonada por Fenter e com esperança de se tornar uma cantora de renome, ambos se casaram e começaram uma união que não era apenas entre as quatro paredes, já que graças aos contatos do marido de mesma nacionalidade, Tandy emplacou diversos singles pela Atlantic ao longo dos anos 60.

Vivendo na efervescência da Swinging London sessentista, a cantora foi muito influênciada pelo Soul e o R&B, ritmos que embalavam a cena e as ruas da descolada Carnaby Street. Impecavelmente vestida, foi aos poucos ganhando seu reconhecimento e diversas participações em programas, como o lendário Beat Club da Alemanha, que "só" recebeu a maioria dos artistas relevantes da música pop, nos sete anos que esteve no ar.



Seu primeiro single na inglaterra, "Now that you've gone", foi lançado pela Pye Records e é um soul orquestrado. Na track, Tandy utiliza sua voz soulful ao seu jeito, sem emular influências negras, algo comum entre muitos brancos que tentaram cantar soul. Aliás, essa coisa espontânea que ela tinha com sua voz era seu charme.

Com o apoio do marido e a grana da família judaica, contatos, músicos e estúdios não faltavam. Unindo esse apoio com sua linda voz, Tandy chegou a gravar em 66 com Isaac Hayes e os míticos Booker T & The Mgs, a backband da Stax. Até hoje, a cantora é a única branca de fora dos EUA a aparecer na famosa Stax/Volt Tour e a gravar pela label de Memphis. Nesta session, foram gravadas cinco tracks que só apareceriam em disco na coletânea "You Gotta Believe It's...Sharon Tandy", lançada 38 anos depois. Uma jóia.



Nos anos seguintes, a Swinging London foi perdendo gás. A psicodelia já era a menina dos olhos da juventude inglesa. Sharon Tandy nessa época gravou com o Les Fleur de Lys, um dos grupos empresariados por seu marido e que não seguiu a onda psicodélica que surgia. "Hold On" é a track que mais representa o período. A voz soulful de Tandy se torna um pouco mais agressiva, mas mantém o ar sexy dos singles anteriores. O espírito garageiro deixa tudo isso ainda mais interessante.

Ainda que gravasse praticamente todo ano, Tandy nunca teve o sucesso de uma Dusty Springfield ou de outras estrelas. O fim do casamento com Frank Fenter no fim dos anos 60 corroborou com a situação. Desiludida, Sharon Tandy voltou para sua terra natal em 1970. A mudança foi frutífera, emplacando vários hits utilizando uma faceta mais rock e menos soulful.



Nos últimos anos, como outros artistas sessentistas que vem ganhando novamente interesse do público, a cantora fez uma elogiada apresentação no London's 100 Club em 2004. Ainda hoje, fará uma participação no show do Les Fleur de Lys. O evento faz parte do lançamento do EP e de um livro sobre sobre a banda. Sharon Tandy terá novamente a oportunidade de mostrar o charme e a qualidade de uma das maiores cantoras brancas de Soul music.

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