sexta-feira, outubro 16, 2009

Prospectos do Aniversário

Como dizia o poeta, razões e emoções, a saída, é fazer valer a pena - salve Nx Zero! A Action chega ao fim de seu primeiro ano exalando simpatia, prazer e sedução. Com tropeços fenomenais e sucessos maiores ainda, realizamos mais do que imaginávamos como veículo, dentro e fora do virtual. Mais importante do que o mínimo feedback que recebemos durante esse tempo, foram as pessoas que conhecemos pelo caminho que, de uma forma ou outra, a seu modo, tocaram nossos coraçõezinhos gordos e entupidos.

Além disso tudo feito por este ano, temos algumas últimas novidades:
Nossa palestra sobre conceituação, mídias online e pornografia 2.0, a realização da Bomboclaat!, festa realizada há cinco anos que tomou um longo hiato e duas mixtapes que influenciaram nossos refinados gostos para música.

Bomboclaat! 5 e Virada Alternativa

A festa Bomboclaat! Kingston em Santos, nascida em 2004, foi a primeira no estado a tocar sons jamaicanos fora do circuito do roots cachoeira. Early reggae, ska, rocksteady e soul foram o prato principal da discotecagem dos gêneros que mais tarde tomaram o gosto e a noite paulistana, influenciando futuros veículos, bandas e festas pelo Brasil. É com muito gosto que realizamos a quinta edição da festa, tradicionalmente de autoria solitária do R. Darci. Além disso, o evento está participando do circuito da Virada Alternativa, organização de eventos realizados por produtores caiçaras. Logo teremos mais informações da Virada.




Semana de produção multimídia da UniSanta - SAMBA

Márcia Okida, coordenadora do curso de produção multimídia, nos convidou para palestrar no SAMBA. Vamos falar sobre construção e adoção de conceitos e seus benefícios. A palestra se chama ENLARGE YOUR PENIS - Porque conceituar seu trabalho é uma coisa boa. E, sim, é o que parece, não fazemos a mínima idéia do que vamos falar no dia. Agradecemos de coração à Márcia pelo convite e fazemos o convite para que o nosso público compareça. Abaixo, data, local e horários do evento:

Data: 23/10
Local: Auditório do bloco E da Unisanta, entrada pela Rua Cesário Mota, 8, no Boqueirão
Horário: A partir das 19h

Mixtapes

Até o fim deste mês, lançaremos duas mixtapes, de nossas influências musicais. Apenas um aperitivo final merreca para fechar este mês.
Inclusive, nos lamentamos pela pouca publicação de posts no mês de outubro mas, como dá pra perceber, estamos ocupados com a elaboração da palestra e organização de tudo que está pra acontecer. Fiquem ligados, amiguinhos.

terça-feira, outubro 13, 2009

Brit Funk

Depois do pôster de 1 ano, as deliciosas comemorações não param. Convidamos algumas pessoas que foram importantes para a Action ao longo de sua existência e pedimos uma post especial.

Alguns, por motivo de tempo, não puderam colaborar, mas mesmo assim, fica o agradecimento de coração a Flávia Durante, Roberto Iwai e José Roberto Fidalgo. Dentro da possibilidade de cada um, fizeram com que a gente continuasse a tocar o coletivo de forma morosa e tendenciosa até aqui, como o Rui diz.

Depois do Ciro e do Alessandro Atanes, agora é a vez do Benjamin Ferreira do Boogie Central nos presentear com uma post! Ao longo dos próximos dias, teremos a presença de Márcia Okida!


Volte no tempo uns trinta anos. Inúmeras bandas de funk estavam nas paradas, a maioria dos EUA: Chic, Earth Wind and Fire, Kool and The Gang...; Michael Jackson lançava sua obra-prima "Off The Wall"; Prince despontava; Motown investia em explosivos de Rick James e Commodores; Diana Ross se preparava para gravar com Nile Rodgers e Bernard Edwards; "Rapper's Delight", primeiro grande vinil de rap, tinha acabado de sair e vendia horrores; o underground fervia com os clubes Paradise Garage (NY) e Warehouse (Chicago) e selos como Prelude, Salsoul e West End. Na mesma época, tomava forma no Reino Unido uma cena que se inspirava na americana, fazendo as coisas de um jeito mais tímido, com menos grana, mas nem por isso menos bonito.

Enquanto o funk americano tendia um pouco mais para a disco, o Brit Funk aproximava-se mais do jazz. Claro que tal divisão não pode ser vista de maneira muito rígida, já que existia um pouco de quase tudo em todo lugar. Havia também o movimento "Disco Sucks", que obrigava quem quisesse continuar fazendo disco music, especialmente os americanos (e não eram poucos), a rotular seu som de maneira diferente. Funk era a palavra de ordem, embora todas essas misturas tornassem o limite entre os estilos cada vez menos nítidos.

Os pioneiros do Brit Funk são os caras do Hi Tension. No início Hot Waxx, mudaram de nome e estrearam com um álbum homônimo em 1978. Seu ápice veio no ano seguinte com o single "There's A Reason", produzido por Biddu - indiano que depois de tentar uma versão local para os Rolling Stones no fim dos anos 60 se mudou para Londres, produziu Carl Douglas e sua "Kung Fu Fighting", Tina Charles, e comandou a Biddu Orchestra. Entre os membros do Hi-Tension estavam Phil Fearon (que depois fundou o Galaxy e lançou a brilhante "Dancing Tight" e David Joseph (do hino de 1983 "You Can't Hide Your Love".

O termo "Brit Funk" foi usado pela primeira vez com o Light Of The World, banda de nove integrantes cujo desdobramento mais bem-sucedido foi o grupo Incognito, anos mais tarde. O primeiro disco do LOFTW saiu em 79, mesmo ano em que o Atmosfear (que compartilhou integrantes com eles e mais tarde com o Incognito) soltou o single "Dancing In Outer Space", cósmico jazzfunk com uma pitada de reggae no meio. Além do Atmosfear, o LOTW também tinha músicos no Freeez, grupo encabeçado pelo multihomem John Rocca. O primeiro single do Freeez data de 80 e, um ano depois, saiu o que alguns consideram os cinco mais lindos minutos já gravados: "Southern Freeez". Depois o Freeez levou seu som a veredas mais eletrônicas e vendeu milhões com a estupenda "I.O.U.".

"Southern Freeez" tinha nos vocais Ingrid Mansfield Allman, que também fez backing vocals para alguém que chamaria a atenção de Quincy Jones. Pouco se falou disso, mas o britânico Chaz Jankel é o responsável pela primeira versão de "Ai No Corrida" em 1980, canção que se tornaria sucesso na regravação de Quincy um ano depois. Chaz lançou outros excelentes trabalhos na primeira metade dos anos 80 (como "Glad To Know You"), passou um tempo sumido e voltou com tudo algum tempo atrás, asssim como o povo do Level 42, que lançou em 1981 um dos pontos altos do Brit Funk: "Starchild", antes do estrelato com as populares "Something About You" e "Lessons In Love".

Sucesso, aliás, foi algo que o Imagination teve de sobra, assim como coreografias pintosas e roupas espalhafatosas. Para muitos a primeira grande banda negra do Reino Unido, as bis quebraram barreiras não só com a atitude extremamente gay, mas também com um som que tinha como principal característica uma linha de baixo sintetizada, funkeada e preguiçosa. O maior sucesso do Imagination foi "Just An Illusion", e ecos de seu som podem ser ouvidos em uma conhecida música de 1985: "Clouds Across The Moon" é da RAH Band, um grupo de um homem só, Richard Anthony Hewson, produtor/ arranjador/ maestro/ multi-instrumentista que desde o fim dos anos 60 trabalha com gente grande, de Beatles a Herbie Hancock. "Clouds..." é linda, mas o que realmente importa aqui são dois singles de quatro anos antes: "Slide" e "Downside Up", duas obscuras gemas do jazzfunk britânico.

Ainda existem muitos outros nomes - de Central Line e Paul Hardcastle a Kajagoogoo e o Wham! de George Michael, já numa época - meados dos anos 80 - em que as coisas começavam a se diluir. Os frutos do Brit Funk, no entanto, podem ser vistos no Acid Jazz da virada dos 80 pros 90, que vai do já citado Incognito até o popular Jamiroquai, além do trabalho de DJs como Greg Wilson, Gilles Peterson e Norman Jay. Isso sem falar no tal "retorno" da disco e afins que vivemos atualmente, que nem aconteceu para muitos que nunca viram esse som ir embora.

Benjamin Ferreira é DJ, disco freak e mantém um dos melhores sites sobre música atualmente, o Boogie Central

sexta-feira, outubro 09, 2009

Elogio à Action

Depois do pôster de 1 ano, as deliciosas comemorações não param. Convidamos algumas pessoas que foram importantes para a Action ao longo de sua existência e pedimos uma post especial.

Alguns, por motivo de tempo, não puderam colaborar, mas mesmo assim, fica o agradecimento de coração a Flávia Durante, Roberto Iwai e José Roberto Fidalgo. Dentro da possibilidade de cada um, fizeram com que a gente continuasse a tocar o coletivo de forma morosa e tendenciosa até aqui, como o Rui diz.

Depois do Ciro, agora é a vez do amigo Alessandro Atanes da Revista Pausa nos presentear com uma post! Ao longo dos próximos dias, teremos a presença de Márcia Okida e Benjamin Ferreira.

Arqueólogos culturais, os integrantes do Coletivo Action escavam referências em busca de novidades. Da vanguarda russa do suprematismo, passando pelos cartazes da “velha guarda soviética” até o jornalismo gonzo criado lá nos anos sessenta e o lado B da música negra (inclusive o lado B da música negra brasileira).

Dessa matéria-prima, que superficialmente pode passar por saudosista, nostálgica ou até vintage, o Coletivo Action aponta para um horizonte de transformação a partir de uma localidade bem definida: Santos, cidade que, como disse recentemente o compositor Gilberto Mendes, está “dividida pela vanguarda e pelo conservadorismo, que algumas vezes a domina”, como agora, por exemplo.

Nesse cenário, em que o apodo “Barcelona Brasileira”, devido ao cosmopolitismo, foi, à medida que as levas de aposentados desciam a Serra do Mar, se transmutando em “Miami Brasileira”, é que as referências lado B do Action (para mim, as melhores músicas sempre estão no Lado B) catalisam forças de um amor (sim, amor) transformador, assim como nas composições do próprio Gilberto Mendes, na escrita oceânica de Flávio Viegas Amoreira ou na Música Caiçara Contemporânea do Percutindo Mundos.

O tabuleiro quadriculado de nossa cidade está montado, as peças estão postas e o inimigo, secular e perigoso, não vai dar mole. Mas a cada novo cartaz do Coletivo Action postado no Flickr nossas forças se renovam.

Alessandro Atanes, jornalista, é mestre em História Social pela Universidade de São Paulo (USP). Servidor público licenciado do município de Cubatão, presta serviços de assessoria de comunicação ao Sebrae-SP.

quinta-feira, outubro 08, 2009

Vigésima

Depois do pôster de 1 ano, as deliciosas comemorações não param. Convidamos algumas pessoas que foram importantes para a Action ao longo de sua existência e pedimos uma post especial.

Alguns, por motivo de tempo, não puderam colaborar, mas mesmo assim, fica o agradecimento de coração a Flávia Durante, Roberto Iwai e José Roberto Fidalgo. Dentro da possibilidade de cada um, fizeram com que a gente continuasse a tocar o coletivo de forma morosa e tendenciosa até aqui, como o Rui diz.

Como hoje é quinta feira, nada melhor que o Ciro, que está colaborando com a gente há alguns meses, estreando essa série de guest posts! Ao longo dos próximos dias, teremos a presença de Márcia Okida, Alessandro Atanes e Benjamin Ferreira.

No dia 26 de março de 2009, o blog do Coletivo Action fez um convite para quem quisesse colaborar com o site. Afim de publicar minhas crônicas, mas sem um lugar para fazê-lo, resolvi arriscar. Então, no dia 2 de abril de 2009 publiquei A Gótica da Praia, a história de uma gótica que... vivia na praia, ou melhor, em Santos. Depois veio uma sobre o Pinheiro Neto, ícone da crônica esportiva na região e eterno ídolo dos integrantes do site. Com o tempo vieram outras, semanalmente – ou quase – me policiava para escrever algo, umas bem sobre a cidade, outras nem tanto. Agora estou no vigésimo texto, enquanto o blog comemora um ano de existência. Ainda não estamos ricos como os caras do Charlie Brown, mas acredito que estamos no caminho certo.

Ciro Hamen é jornalista, escreve diariamente sobre cinema no blog www.acentonegativo.blogspot.com e todas as quintas-feiras no Coletivo Action.

quarta-feira, outubro 07, 2009

#48 Action 1 ano!


Poster via Flickr da Action

Semana nula/Aniversário/Gordos safados

Não, a Action não acabou ou coisa parecida. É que está foda mesmo, de tempo. Estamos organizando toda a programação de aniversário do coletivo, que aliás, completou 1 ano no último dia 5. Compensaremos toda essa semana nula em posts com coisas bacanas ao longo desse mês, e como vocês nos adoram, sabemos que nem ficaram tristinhos com nosso sumiço. Se tudo der certo, ainda essa semana, faremos uma post especial sobre nosso aniversário junto com toda a programação desse mês. Vai ser bem gostosinho.

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Action é um conjunto de idéias voltado para o design, música negra e jornalismo gonzo proveniente de Santos, SP. Confira nosso Release ou entre em Contato.