terça-feira, julho 07, 2009

Mr Lover Man! Shabba!

Há cerca de alguns meses nós contribuimos a Agenciau com uma coluna semanal. Existem algumas verdadeiras pérolas por lá e, por isso, e pelo fato de termos preguiça de escrever coisas novas, estamos revivendo as melhores matérias de lá. Algumas já foram postadas aqui, mas daqui pra frente as postaremos todas as terças feiras.
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Aaaaah, quem não lembra do refrão ‘Mister lover man…SHABBA!’ ? O cara fez um sucesso do caralho na onda de um pequeno boom do dancehall, que também trouxe Shaggy com Bombastic. Nasceu na Sturgetown com o nome de Rexton Gordon e não cria mais nada desde seu dueto com King Jammy, porém é um dos ícones do slackness e das letras apimentadas do Dancehall estourado fora da Jamaica.

Um dos seus primeiros nomes foi Co-Pilot porque na Sound System fazia par com o selecter Navigator, e com ele lançou o single ‘heat under sufferer’s feet’, o calor sob os pés do sofredor.
Em 1989 o sexo virou o alvo de Shabba e lançou mais de cinquenta singles, muitos virando hits, como Live Blanket, e seu primeiro som a estourar, Telephone Love, do álbum Rappin with the ladies.

Seu clássico está presente, juntamente com Pirate’s Anthem, no LP holdin’ on. Mr Lover Man estourou nas rádios e teves, sem perdão. Até hoje muitos lembram dele gritando fanho o próprio nome após o coro Lover Lover. O cara depois dessa nunca mais emplacou nada internacionalmente e por isso ainda é visto como um artista ‘one hit wonder’.

Além disso, foi um artista controverso e com participações com grandes artistas, como Maxi Priest, Chuck Berry e KRS-One. Porém empersonificava um lado da Jamaica até então desconhecido para estrangeiros, com declarações como ser a favor da crucificação de homossexuais e letras dizendo que seria divertido se a Jamaica legalizasse armas para matá-los, na música No Mamma Man, ‘Homem sem mãe’. Essas polêmicas, entre outras, são dadas como razão para seu declínio sem volta. Porém, a homofobia é algo comum na Jamaica e seus artistas, portanto, não se espantem se algo do tipo for citado com outros artistas.

Fiquem com uma track do cara que fez a cabeça das mulheres em Barbados, Twice my age, ‘O dobro da minha idade’.

R. Darci

Confiram os outros textos da nossa coluna na Agenciau:

A Eterna Alice Coltrane
A diáspora chinesa e a música jamaicana
El Lissitsky, o mito multimídia dos anos 20
Robert Crumb e os Cheap Suit Serenaders

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