segunda-feira, maio 18, 2009

E, agora, o melhor do novo

Nem sei bem como começar essa matéria. É foda quando se precisa falar de uma banda que tá perto de ti, ao contrário de uns caras que moram no leste europeu, e, por conta disso, tudo fica mais intimo. Eu devo produzir festa há cerca de cinco anos, sendo que a primeira e a mais querida foi a Bomboclaat, em 2004, que rolou no Atlético Santista. Era a primeira no estado, se pá Brasil, com a proposta de rolar sons jamaicanos sem desbancar pro roots cachoeira ou pro skacore, focando muito em early reggae e ska. Algo um pouco mais conceitual, pra quem manjasse, e foi bem restrito, com uma discotecagem bacana feita por mim e pelo Porko, que atualmente discoteca na Reggay420. Na época, não havia muito público, cenário que mudou desde então, sendo que temos festas finíssimas pipocando pelo eixo Rio-São Paulo, com a Jurassic Sound System, You and Me on a Jamboree, Moa Anbessa etc, e até mesmo no Nordeste, com o Ska Brothes e Alma Negra. Além de pouca gente, não haviam bandas que tocassem ska de qualidade. Eram todas puxadas pro skacore ou 2tone, nenhuma focando no berço, a Jamaica. A única, de longe, que fazia algo do gênero, era a Baboom.

Havia conhecido a banda dois anos antes, num evento chamado SkaBlaBla, organizado pelo Zerbinato no paço municipal de Diadema, e na ocasião a banda se chamava Orangotango Baboom. Na organização da Bomboclaat, além de problemas costumeiros, os caras não queriam tocar nem fodendo. Eles tinham três ou quatro músicas gravadas com o nome antigo da banda, com uma pegada parecida com ska brasileiro dos anos 90, mas já tinham anunciado a mudança de repertório. O problema era que eles faziam o que a maioria das bandas não faz mas deveria fazer: ensaiar exaustivamente a ponto do som ficar completamente redondo. E, por julgarem não estar ainda, não foi tão rápido que toparam tocar por aqui. Bem, eles se apresentaram naquele dia e seis outras vezes em Santos. É uma das bandas que tenho mais gosto e chamo pra todo evento que posso; não tem um cara, desde o playboy ‘eclético’ até o reggeiro chato, que não reconheça o talento astronômico deles.

Desde as primeiras gravações eles adicionaram à sua música novos elementos como teclados e percussão de maracatu, gênero que se faz presente fortemente nas novas tracks. Ao vivo, tocam até riddins clássicos em outra roupagem. Estão para gravar/gravando essa nova onda há anos, e, esta semana, saiu a primeira leva e já colocaram no MySpace. Ficar descrevendo mais como é o som não compensa, eles fazem algo completamente diferente do que você já ouviu. Escute e ponha um sorriso nos lábios.

Myspace da Banda

R. Darci

Um comentário:

  1. Tu começo falando da dificuldade em falar de algo tão próximo mas sinto que essa proximidade ajudou, caro.

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