segunda-feira, dezembro 08, 2008

Em Santos, Vale Tudo, até descaso com o público

Apesar de não abordado aqui, eu sou um fã da porra de Vale Tudo. Começou há um ano mais ou menos. Eu tinha um camarada da faculdade que achava do caralho, eu sempre achei uma putaria, só curtia boxe. Mas, porra, quando tem uma trocação de verdade, aquelas que você escuta até a disposição do perdedor caindo, não tem como não ficar empolgado. E ser brasileiro e assistir a UFC é como assistir à Copa. Muitos caras grandes como Wanderley Silva, Rodrigo Silva, Minotauro, a família Gracie, todos brazucas. É de se esperar que o Brasil fosse grande no esporte, já que foi inventado aqui, pelos Gracie e a UFC, inclusive, criada pelo Rorion Gracie (que na época vendeu a marca por 2 milhões e hoje ela vale - sério - 1 bilhão). O próprio Dana White, um dos donos da marca, já declarou que ter uma faixa preta em JiuJitsu é ter uma licença pra imprimir dinheiro. White é dono da UFC juntamente com seus irmãos e todos assinaram um contrato cuja uma das cláusulas era que, caso ocorra uma divergência de opiniões grande o suficiente, tudo seria resolvido no octagóno, entre eles mesmos, numa luta de Vale Tudo. O que é uma puta duma estratégia corporativa, que, por mim, seria inclusive aplicada na área jurídica.

Enfim, isso tudo foi pra contextualizar pra dizer que aconteceu uma luta de VT aqui em Santos. Santos Fight Festival. Juntou, também, demonstrações de Boxe, Submission, JiuJitsu e Muai Thai, antes das apresentações e o objetivo era um desafio entre os estados do Rio e de SP. Tiveram inclusive algumas pratas da casa, nas lutas de Thai e Boxe, que eu realmente gostaria de me lembrar o nome deles agora, porque foram fodas. Porra, teve um calunga que deu uma bomba de final, o outro durou um round, no intervalo pediu pinico. Pra quem não sabe, Santos tem uma boa história em lutas como Boxe, que tem nomes como Jorge Guerreiro e Carlinhos Furacão, Muai Thai, com academias competentes demais, como a Naja e a Thai Center, e JiuJitsu com uma campeã brasileira que treinava numa academia aqui perto.

Infelizmente, em geral, o evento foi um cu. Atrasos devido à conexão com o Premiere Combate, canal que transmitiria as lutas ao vivo, combinados com o ar condicionado forte, deu um sono escroto. Sem contar coisas básicas de estrutura, como a disposição das cadeiras, que, dependendo da onde você sentasse, se fodia pra sair. Isso e o Mendes Convention dispor de apenas 2 lanchonetes para 2 mil pessoas ajudaram a marcar um evento macilento, que acabou por obscurecer as lutas em si, já que teve bastante gente que ficou cansada antes mesmo de tudo terminar. Destaque para uma luta onde um lutador local arregaçou um do interior e foi anunciada sua vitória. Dois minutos após, o anúncio de que houve um engano e quem havia ganhado era o adversário. Combinando isso com os boatos que corriam dias antes de que as lutas teriam resultados arranjados, um clima escroto se instaurou, seguido de vaias.

É incrível que, quem quer que tenha organizado, não tenha pensado em detalhes básicos de infraestrutura, como a questão do bar e dos assentos. É o típico empresário santista, que tem o vício de fazer tudo na coxa.

R. Darci

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