Há cerca de alguns meses nós contribuimos a Agenciau com uma coluna semanal. Existem algumas verdadeiras pérolas por lá e, por isso, e pelo fato de termos preguiça de escrever coisas novas, estamos revivendo as melhores matérias de lá. Algumas já foram postadas aqui, e quando rola vontade, postamos por aqui.

Órfão, o bonitão foi criado na icônica Alpha Boys School, em Kingston. A escola formou a maioria dos músicos importantes da ilha, sendo que ensinavam sempre teoria musical, a fim do moleque sair de lá com um ofício, e foi responsável pelo talento de Yellowman com a música. Junto com o King Stitt, ele é um dos artistas mais feios da Jamaica. No caso dele, é pelo fato dele ser um albino. Mas não um albino normal, mas um albino feio pra caralho. Daí o apelido Yellowman. Apesar de parecer o cão do avesso, não desistiu da música e, quando adolescente, venceu um concurso de toasting - improvisação no mic de um instrumental, e conseguiu um trampo como dj substituto de uma soundystem. Daí pra frente, com o talento diferenciado e a aparência exótica, o sucesso foi imediato. Pra se ter uma noção, ele foi o primeiro jamaicano a assinar com uma major americana.
Com letras satíricas a respeito da sua própria vida, lançou vários singles na década de 80, sendo

A vida do homem amarelo, no entanto, não foi fácil. Em 1986 foi diagnosticado com câncer no maxilar, e os médicos não deram nem seis meses de vida para ele. Com um tratamento intensivo e difícil, conseguiu se recuperar, lançando mais três álbuns na década de 80. No começo da década de 90, vence mais um câncer, dessa vez de pele, que faz Yellowman refletir sobre a vida e a se concentrar em seu lado espiritual e social. Um ótimo exemplo disso é o álbum lançado em 1994, Prayer.
E pra quem acha que Yellowman parou, se fodeu. O esquisitão tá com 53 anos e na ativa até hoje fazendo shows pelo mundo inteiro, tendo inclusive tocado em nosso país. Em matéria de lançamentos, vem produzindo ininterruptamente e feito parcerias como com o rapper Run-Dmc. Não há o que discutir, ele é realmente o cara.
R. Darci e Morone
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