- Atende. Atende. Atende.
Ela atendeu!
Não conseguia mais ficar dentro de casa naquela noite de verão. Precisava sair, fazer alguma coisa. Meu colchão estava ensopado. Não agüentava mais enfiar a cabeça dentro da pia de cinco em cinco minutos. Suava sem parar. Queria respirar, mexer o esqueleto, ar puro para a minha pele. Queria passear com ela. Tinha que passear com ela.
Ela sai do elevador. Cabelo molhado e sorriso no rosto. Sabia que podia contar com ela.
- E aí, vamos pra onde?
Para onde ela quisesse. Tomar aquele famoso lanchinho da meia-noite ou apenas um vento na cara. Não importava. O que importava era estar com ela. Só com ela.
Os prédios dormem no centro comercial da cidade. Vamos trocar o calor pela chuva. Os pingos começam. Deixo que a chuva me molhe. E que molhe as nossas roupas. As nossas roupas de verão.
Um carro passa na rua. Toca aquela música que a gente gostava. Lisztomania, Phoenix. Começo a dançar. Ela segue. A chuva de verão cai sobre a gente e o cheiro da madrugada fica mais intenso. Logo estaremos dormindo. E aquele barulho da chuva vai nos confortar.
A manhã começa a chegar. E com ela os bocejos. O que importava era estar com ela. Só com ela.
- Não esfrie. Eu gosto do seu calor.
Mal podia esperar que o verão chegasse de verdade para ver ela em suas roupas de banho.
Ciro Hamen é jornalista, escreve diariamente sobre cinema no blog www.acentonegativo.blogspot.com e todas as quintas-feiras no Coletivo Action.
Ela atendeu!
Não conseguia mais ficar dentro de casa naquela noite de verão. Precisava sair, fazer alguma coisa. Meu colchão estava ensopado. Não agüentava mais enfiar a cabeça dentro da pia de cinco em cinco minutos. Suava sem parar. Queria respirar, mexer o esqueleto, ar puro para a minha pele. Queria passear com ela. Tinha que passear com ela.
Ela sai do elevador. Cabelo molhado e sorriso no rosto. Sabia que podia contar com ela.
- E aí, vamos pra onde?
Para onde ela quisesse. Tomar aquele famoso lanchinho da meia-noite ou apenas um vento na cara. Não importava. O que importava era estar com ela. Só com ela.
Os prédios dormem no centro comercial da cidade. Vamos trocar o calor pela chuva. Os pingos começam. Deixo que a chuva me molhe. E que molhe as nossas roupas. As nossas roupas de verão.
Um carro passa na rua. Toca aquela música que a gente gostava. Lisztomania, Phoenix. Começo a dançar. Ela segue. A chuva de verão cai sobre a gente e o cheiro da madrugada fica mais intenso. Logo estaremos dormindo. E aquele barulho da chuva vai nos confortar.
A manhã começa a chegar. E com ela os bocejos. O que importava era estar com ela. Só com ela.
- Não esfrie. Eu gosto do seu calor.
Mal podia esperar que o verão chegasse de verdade para ver ela em suas roupas de banho.
Ciro Hamen é jornalista, escreve diariamente sobre cinema no blog www.acentonegativo.blogspot.com e todas as quintas-feiras no Coletivo Action.
Nenhum comentário:
Postar um comentário