terça-feira, dezembro 30, 2008

Mensagem de fim de ano aka última post de 2008

Tá certo que a Action não prima por escrever belas mensagens de fim de ano, mas pelo menos nessa última post de 2008 a gente gostaria de falar algumas coisas. Primeiramente, esse ano marcou o início das nossas atividades, que mesmo tardiamente, conseguiram já de alguma forma mostrar um pouco das nossas idéias.

É claro que nesse período houveram algumas cagadas naturais, como um layout feio, e uma não tão boa sequência de posts, mas a gente promete se empenhar mais ano que vem.
Nesse curto espaço de menos de 2 meses, falamos de house, swing, bandas do leste europeu, caranguejada, idosos de santos (bom, ainda não falamos disso) e uma série de outras posts menores abordando um pouco das coisas que a gente abraça.

Não podemos esquecer que 2008 marcou também nosso convite para tocar na Popscene, onde pudemos, mesmo com alguns pequenos problemas, tocar a maioria dos sons que a Action curte e tem em seu sangue, e isso foi uma oportunidade fodida, mesmo que o pessoal da festa tenha preferido ficar sentado tomando groselha. Tudo bem que a gente já tá botando nossa cara pra bater prometendo que iremos postar mais, então acho que não custa nada pelo menos citar que ano que vem teremos algumas novidades, logo no início do ano. Claro que não vamos citar quais são, porque se não conseguirmos cumprir, vai pegar mal pra cacete.

Enfim, o saldo desse ano foi positivo e queremos encerrar agradecendo os leitores do blog, de Santos ou não, todo mundo é sempre bem vindo, mesmo que a gente faça o possível pra soar bairrista e nunca consiga.

Bom, feliz 2009 para todos aí!

segunda-feira, dezembro 29, 2008

Murinho Poster #21


Poster Via Flickr da Action

quinta-feira, dezembro 25, 2008

Aí, Jesus



Parabéns aí, véi, é nóis.












-De toda a equipe Action.

domingo, dezembro 21, 2008

Good Music Explosion #20


Poster Via Flickr da Action

sexta-feira, dezembro 19, 2008

Capsula da Cultura

Nao e do feitio da Action, mas esse blog e recheado de perolas de samba e, no universo brasileiro de blogs pra musica, o bom samba e deixado de lado sumariamente, sem do. Destaque pro album Demonios da Garoa Interpretam Adoniran Barbosa (que, inclusive, estou ouvindo o Demonios na vitrola portatil, fodido).

CAPSULA DA CULTURA

Alem de tudo, e feito pelo meu xara.
Peço desculpas pela falta de acento, meu teclado esta bem zoado.

quinta-feira, dezembro 18, 2008

Popscene + Action

Na vida, existem erros e acertos. Alguns de maior magnitude, outros de menor. Sábado passado presenciamos um erro da nossa amiga Flávia Durante: Ela chamou a Action pra discotecar. Mal sabia ela que o Morone passaria boa parte do set imitando o Buchecha e que eu apenas fingia selecionar as músicas, a fim de parecer ocupado e habilidoso.

A nossa parte começou um pouco mais tarde que o esperado, já que a casa estava vazia de começo e somos alto escalão demais para tocarmos prá pouca gente. Mantendo sempre o bom humor, amigos nossos compareceram ao evento, prontamente incitando o Morone a dançar esdruxulamente. Eu, como dito, fingia escolher as músicas e ignorava o fato do Raphael estar quase derrubando a mesa.

Já no final do primeiro tempo a pista bombava com 8, até mesmo 10 pessoas, num vai e vem frenético de corpos facilmente identificáveis como conhecidos, amigos e namoradas. É nessa hora que você percebe o glamour de ser DJ. Não que o lugar estivesse vazio, pelo contrário. Mas a visão de dois gordos em cima de um palco é confusa; alguns elogiaram nosso trabalho no programa X-Tudo. Outros perguntaram se eu ainda fazia artesanato.

Infelizmente, por uma série de fatores, deixamos de discotecar algumas coisas. Jazz Rap, Ragga (mentira, teve uma), Ska e Calypso foram algumas das coisas deixadas de fora. Mas o que foi tocado mostra uma boa parcela do que é a Action, já que praticamente tudo era música negra. Agradecemos a nossos amigos e namoradas, que compareceram, assim como gente aleatória que, mesmo não conhecendo, dançou e curtiu. Em especial aquele cara estranho magrelo que dançava estranho. Também faço uma menção honrosa ao DJ Lufer, sangue bom que faz parte da Equipe Dubkilla e que faz o Futuráfrica, que veio prestigiar e bolou uma idéia. Além de agradecer, pedimos desculpas à qualquer mancada nossa à Flávia Durante, que chamou a gente.

Abaixo tem download do setlist da noite, só com o que foi tocado.

http://rapidshare.com/files/174673831/Popscene13dez08_coletivoAction_Selist.rar.html

Disco 1:

Edwin Starr - Stop The War Now
Evelyn Thomas - Weak Spot
Billy Paul - Love Won't Come Easy
Praga City Conspiracy - Praga City Lovers
Fellipe SoulJah - Kema (Jungle Ragga Riddim)
The Quantic Soul Orchestra - Barabatiri
Fela Kuti - Eko
James Wells - All I Ever Need is Music
Irie Mafia - Too Much Soul Music
Barbara Pennington - On A Crowded Street
Irie Mafia - Soul Trouble Feat Mc Kemon
Wilson Simonal - Vamos S'imbora


Disco 2

Jimmy Ruffin - He Who Picks A Rose
Smokey Robinson - Mickey's Monkey
Lou Lawton - Nik Nak Paddy Wack
Impressions - You Ought Be In Heaven
Velvelettes - Let Love Live
Lord Large - Left, Right & Centre
Ocean Colour Scene - All Up
James Taylor Quartet - Stop!
Tamiko Jones - Can't Live Without Your Love
Chuck Jackson - Ain't No Sun Since You've Been Gone
Maxine Nightgale - Right Back Where We Started From
Loleatta Holloway - Love Sensation


R. Darci


House meets Acid Jazz: Slam Slam

O House sempre teve múltiplas facetas, grande parte disso justificada pelo processo criativo de cada artista da cena e da própria época em que se vivia. A década de 80 trouxe muita coisa ruim, mas também trouxe muita coisa boa. Slam Slam é um bom exemplo.

O projeto era formado por membros do recém terminado Style Council e contava com a ex backing vocal do Wham! Dee C. Lee nos vocais e ajuda do marido Paul Weller, do consagrado The Jam. Nesse projeto, havia também a presença de Mick Talbot, ex Style Council e a colaboração dos djs Dr. Roberto, Hector e Marco Nelson, este último, fundador da banda de acid jazz Young Disciples.

O Slam Slam tinha um som com uma batida tradicional do house, fortemente inspirada nos clássicos do ritmo surgido em Chicago e nas canções tocadas em lugares como o Paradise Garage. Ou seja, batida 4x4 e levadas de piano. O diferencial do grupo estava na bagagem adquirida em projetos passados, especialmente no Style Council, onde conseguiram agregar no Slam Slam uma estética focada no Soul, no Funk e no Jazz. O resultado é um som classudo e dançante, utilizando instrumentos como flautas, orgão Hammond e vocais soulful da belíssima Dee C. Lee.

O único disco do grupo, o "Free Your Feelings", de 1991, consiste de dez canções. Sete delas escritas por Weller e outras composições feitas com ajuda de Mick Talbot, Dr Roberto e a própria Dee C. Lee. Em uma das tracks, "Move(Dance All Night)", um Deep House, soulful até não poder mais, com Dee C Lee levando seus vocais ao ápice. Em "Something Ain't Right", que inclusive virou clipe, temos uma batida com aquele piano característico do house. A canção não sai muito do tradicional do que era feito na época, mas possui um cuidado a mais, aquele sabor de acid jazz dos vocais e dos instrumentos utilizados, além das boas letras.

O disco ainda possui algumas quebras interessantes, como o quase rap "Free Your Feelings", um R&B/Rap instrumental com uso dos tradicionais scratchs. As duas melhores faixas do disco, "You'll Find Love" e "Nothing Like It" sintetizam tudo o que foi falado até agora, aliar o som do house com influências de soul e jazz.

Infelizmente, o projeto não durou muito. Slam Slam lançou apenas este disco e logo depois seus principais integrantes seguiram rumos diferentes. Weller embarcou em uma estupenda carreira solo, enquanto Dee C. Lee-até então casada com Weller- trabalhou com alguns artistas como o rapper Guru. Mick Talbot foi outro que nesse meio tempo embarcou em vários projetos, todos ligados acid jazz.

Slam Slam foi a prova de que o House é um ritmo que aos poucos foi empobrecendo. Pegue alguma coisa feita atualmente e compare, tudo pasteurizado e clichê. É uma pena que dificilmente veremos alguém fazendo um som tão rico como esse grupo fez.

terça-feira, dezembro 16, 2008

Mercado Sonoro - AfroDubSambaLatino (Santos-SP)


Sons negros em um dos melhores -e mais inexplorados- picos de Santos, o Mercado Municipal, e, melhor ainda, 0800. Amanhã, quarta-feira.

sexta-feira, dezembro 12, 2008

É AMANHÃ! ACTION NA POPSCENE!


A Action amanhã estará na Popscene discotecando, não percam! Abaixo, mais informações da festa! Começaremos a discotecar às 23 horas, portanto colem cedo!

POPSCENE! DE NATAL DIA 13 DE DEZEMBRO NO RETRÔ BAR & LOUNGE

Convidados são Gente Bonita e Coletivo Action

A POPSCENE! do dia 13 de dezembro, sábado, traz à cidade pela primeira vez a dupla Gente Bonita, de São Paulo, e recebe o Coletivo Action, de Santos. Os DJs residentes Flávia Durante e Hector Lima abrem e fecham a noite.

Os brasilienses residentes em São Paulo Luciano Kalatalo e Alexandre Matias criaram em 2006 a festa Gente Bonita para mostrar ao público as delícias do mashup. Depois disso, a dupla já passou por Brasília, Belo Horizonte, Salvador, Curitiba, Porto Alegre, Rio e Floripa e vários clubes de SP, sempre animando as pistas com o melhor da música feita para dançar. São parceiros da POPSCENE! em sua versão paulistana no Clube Glória.

O Coletivo Action, formado pelos santistas Rui e Raphael, é um conjunto de idéias voltado para o design, música negra e vídeo, onde se busca por meio do minimalismo e das formas geométricas, fazer algum barulho na cidade. O coletivo é também o responsável pelo layout do belíssimo flyer virtual do mês.

Criada em novembro de 2002 em Santos por Flávia Durante e Hector Lima, a POPSCENE! resgatou a então adormecida noite alternativa santista, famosa nos anos 80 e 90 com casas e festas como Heavy Metal, Lofty e Tyranossaurus. Receberam em suas noites nomes como CSS, Bonde do Rolê, Zegon, João Gordo, Roots Rock Revolution e Killer on the Dancefloor, entre outros. A noite virou referência em todo País e ganhou uma edição mensal paulistana a partir de julho de 2008, no Clube Glória.

A POPSCENE! propõe uma colisão de gêneros e estilos: indie rock, rock clássico, pop, disco music, maximal, soul music, electro, funk, remixes e mashups. Um coquetel sonoro criativo e diversificado, que abre espaço para a inovação musical, onde sempre são convidados DJs, produtores ou bandas antenados com as mais recentes tendências mundiais.

Serviço:
::POPSCENE!::
indie / rock / pop / sixties / soul / hip-hop / electro / mashup
Data: 13 de dezembro, sábado.
DJs convidados: Gente Bonita (SP) e Coletivo Action (Santos).
DJs residentes: Flávia Durante e Hector Lima.
Local: Retrô Bar & Lounge - Rua XV de Novembro, 47, Centro Histórico de Santos/SP.
Fone Retrô: (13) 3219-1219.
Horário: A partir de 23hs (abertura da casa).
Ingresso: R$ 20 (R$ 15 até meia-noite). Aniversariantes não pagam enviando seus nomes p/ popscene@gmail.com
Formas de pagamento: dinheiro, cheque (após consulta) e cartão de débito.
Idade mínima: 18 anos (indispensável apresentação de RG original).
Capacidade da casa: 250 pessoas.
Site: www.popscene.com.br

segunda-feira, dezembro 08, 2008

Em Santos, Vale Tudo, até descaso com o público

Apesar de não abordado aqui, eu sou um fã da porra de Vale Tudo. Começou há um ano mais ou menos. Eu tinha um camarada da faculdade que achava do caralho, eu sempre achei uma putaria, só curtia boxe. Mas, porra, quando tem uma trocação de verdade, aquelas que você escuta até a disposição do perdedor caindo, não tem como não ficar empolgado. E ser brasileiro e assistir a UFC é como assistir à Copa. Muitos caras grandes como Wanderley Silva, Rodrigo Silva, Minotauro, a família Gracie, todos brazucas. É de se esperar que o Brasil fosse grande no esporte, já que foi inventado aqui, pelos Gracie e a UFC, inclusive, criada pelo Rorion Gracie (que na época vendeu a marca por 2 milhões e hoje ela vale - sério - 1 bilhão). O próprio Dana White, um dos donos da marca, já declarou que ter uma faixa preta em JiuJitsu é ter uma licença pra imprimir dinheiro. White é dono da UFC juntamente com seus irmãos e todos assinaram um contrato cuja uma das cláusulas era que, caso ocorra uma divergência de opiniões grande o suficiente, tudo seria resolvido no octagóno, entre eles mesmos, numa luta de Vale Tudo. O que é uma puta duma estratégia corporativa, que, por mim, seria inclusive aplicada na área jurídica.

Enfim, isso tudo foi pra contextualizar pra dizer que aconteceu uma luta de VT aqui em Santos. Santos Fight Festival. Juntou, também, demonstrações de Boxe, Submission, JiuJitsu e Muai Thai, antes das apresentações e o objetivo era um desafio entre os estados do Rio e de SP. Tiveram inclusive algumas pratas da casa, nas lutas de Thai e Boxe, que eu realmente gostaria de me lembrar o nome deles agora, porque foram fodas. Porra, teve um calunga que deu uma bomba de final, o outro durou um round, no intervalo pediu pinico. Pra quem não sabe, Santos tem uma boa história em lutas como Boxe, que tem nomes como Jorge Guerreiro e Carlinhos Furacão, Muai Thai, com academias competentes demais, como a Naja e a Thai Center, e JiuJitsu com uma campeã brasileira que treinava numa academia aqui perto.

Infelizmente, em geral, o evento foi um cu. Atrasos devido à conexão com o Premiere Combate, canal que transmitiria as lutas ao vivo, combinados com o ar condicionado forte, deu um sono escroto. Sem contar coisas básicas de estrutura, como a disposição das cadeiras, que, dependendo da onde você sentasse, se fodia pra sair. Isso e o Mendes Convention dispor de apenas 2 lanchonetes para 2 mil pessoas ajudaram a marcar um evento macilento, que acabou por obscurecer as lutas em si, já que teve bastante gente que ficou cansada antes mesmo de tudo terminar. Destaque para uma luta onde um lutador local arregaçou um do interior e foi anunciada sua vitória. Dois minutos após, o anúncio de que houve um engano e quem havia ganhado era o adversário. Combinando isso com os boatos que corriam dias antes de que as lutas teriam resultados arranjados, um clima escroto se instaurou, seguido de vaias.

É incrível que, quem quer que tenha organizado, não tenha pensado em detalhes básicos de infraestrutura, como a questão do bar e dos assentos. É o típico empresário santista, que tem o vício de fazer tudo na coxa.

R. Darci

sábado, dezembro 06, 2008

Action na Popscene do dia 13

Fomos convidados pela Flávia Durante e o Hector Lima pra discotecar na Popscene de Natal em Santos, no próximo dia 13.
É uma oportunidade bacana de passar nossas idéias por meio da música que a Action abraça, e isso é sempre ótimo. A discotecagem deve começar às 23 horas, portanto, colem cedo por lá!
Abaixo, todos os dados da festa:

POPSCENE DE NATAL

indie / rock / pop / sixties / soul / hip-hop / electro / mashup
Data: 13 de dezembro, sábado.
DJs convidados: Gente Bonita (mashup, remixes - São Paulo)
www.myspace.com/gentebonita
Coletivo Action (soul, ska, funk - Santos)
www.coletivoaction.blogspot.com
DJs residentes: Flávia Durante e Hector Lima.
Local: Retrô Bar & Lounge - Rua XV de Novembro, 47, Centro Histórico de Santos/SP.
Fone Retrô: (13) 3219-1219.
Horário: A partir de 23hs (abertura da casa).
Ingresso: R$ 20 (R$ 15 até meia-noite). Aniversariantes do mês não pagam mandando nome completo e data de nascimento p/ popscene@gmail.com
Formas de pagamento: dinheiro, cheque (após consulta) e cartão de débito.
Idade mínima: 18 anos (indispensável apresentação de RG original).
Capacidade da casa: 250 pessoas.
Site: www.popscene.com.br

quinta-feira, dezembro 04, 2008

Descolada Hungria

Relembrar é viver.
Esse post é um pra relembrar algumas postagens do começo do blog, em um post só, sobre bandas húngaras, para servir de apoio a um outro sobre música tcheca. É nói:

Barabás Lőrinc Eklektric, música negra húngara.



Maravilhoso. Como muitas pedradas feitas na Hungria, esse pessoal faz uma mistura fodida. Instrumentalmente, um jazz funkeado fora do comum. Nos vocais, MC Sena e MC Kemon. Turntablism flerta com Coltrane, o ghetto arrebatado com fineza. Um som maduro, inovador, incomum e, porra, animador.
Não deixe de escutar. Não importa do que você goste, esse som exala classe.

Pra quem quiser ouvir mais, vá ao MySpace da banda.

The Uptown Felaz, pedrada.

Apesar desse nome meninão, a banda é boa. Continuando a série ´bandas fodas e desconhecidas dum país menor que o Boqueirão´, ela traz alguns remixes e releituras de músicas conhecidas, como a Magnificent 7, que aparece em outro ritmo, um dub funkeado. E, mais impressionante: Um vocal em português! Inclusive, casou perfeitamente com o som trabalhado. Parece algo que poderia ter sido produzido aqui, com algumas influências que dá pra captar. Não sabendo a origem, é fácil chutar que é uma nova banda brazuca.
Sério, Uptown Felaz vai ter surpreender. De uma ótima maneira. Pare de ler isto e vá ao myspace deles.

Irie Maffia, representando o reggae húngaro


Fazendo uma mistura atual de reggae, turntablism e ragga, até o sotaque jamaicano eles tentam emular, com a ajuda da MC Sena, que toca também na Barabás. Trabalhado, com uma seção forte de metais, no clipe tem até uma mina com fantasia de carnaval, seja lá por qual razão. A banda existe desde 2005 e agrada desde fãs de reggae até a garotada do hip hop. Foi tão bem recebida nesses três anos de carreira que já concorre ao EMA, European Music Awards, pelo melhor show húngaro.
Se achou o vídeo bom, saque o myspace.


Pannonia Allstar Ska Orchestra, PASO

Cacete, com um nome desse eu não deveria nem escrever o resto da matéria.
Esses caras provavelmente são mais conhecidos que as outras bandas da Hungria que eu tenho postado. O clipe homônimo ao nome da banda chegou à terras brasileiras através do YouTube, sendo que quem era fã de Ska, acabou por ficar sabendo e se apaixonar. Mas a falha da banda em colocar coisa nova no portal acabou deixando o pessoal daqui brochado.



Mas, felizmente, eles fizeram quem achou que eles eram um one hit wonder do ska, morderem a língua. Além da PASO, é fácil achar a Babylon Focus, um ska animado, porém afastado da chicletice do skacore e do third wave, erro comum de muita banda que tenta fazer algo rápido.



Eles têm o próprio selo de distribuição, a PASO, que, segundo os próprios, é para disseminar o resto do ska na Húngria. Além disso, internacionalmente, são assinados pela Megalith, antiga Moon Ska Records, que lança e distribui bandas do mundo inteiro. Além disso, a distribuidora PASO faz a Big Skaland Skanking Camp.

Falar tudo isso não faz diferença alguma. O que importa é ouvir. Com estilo único, contando até com violino na formação, é uma banda que, em qualidade, compete no ranking mundial como uma das melhores. Chequem o myspace da banda.





R. Darci

quarta-feira, dezembro 03, 2008

Action, Reaction, Direction!


Poster Via Flickr da Action

segunda-feira, dezembro 01, 2008

Medos e preguiça do atual jornalismo

O jornalismo fica em uma área que inevitavelmente sempre se confundiu com a produção literária, em toda sua história. Porém, com a profissionalização da profissão e a ‘mecanização’ da produção para melhor atender a um sistema de massa, o conteúdo jornalístico, principalmente da grande mídia, foi se tornando mais e mais maçante e fria, com o lado humano cada vez mais deixado de lado. Não é necessário ser um entendido para saber que a paixão pelo jornalismo e pelo que acontece de fato, sem grilhões com o patrão ou com o anunciante, foram substituídos pelo rabo preso e o pensamento pequeno burguês politicamente correto, onde o jornalista se torna um mero voyeur, um brinquedo na mão do inescrupuloso patrão titereiro.

Alguns veículos que se destacaram na mídia conseguiram romper com o convencionalismo, produzindo assim peças de importância fundamental para a classe no Brasil, cobrindo assuntos de um modo que apenas com a liberdade dada por estes, que deram margem à criatividade de seus escritores, conseguiria ser feito um trabalho tão completo. Como grandes exemplos, a revista Cruzeiro e o Jornal da Tarde. A Cruzeiro, da década de 50, chegou a atingir a tiragem de 800 mil exemplares, que, principalmente para a época, é algo estrondoso. Tamanha façanha apenas foi novamente alcançada nos anos 80, com a revista Veja. Ao contrário da última, a revista Cruzeiro contava com a habilidade de seus repórteres, dando-lhe meses para cobrir apenas um assunto, da maneira que mais o convinha, sem seguir formas rígidas.

O Jornal da Tarde, veículo vespertino, também quebrava com essas normas, dando destaque ao lado humano, focando nas pessoas do que realmente nos fatos, revertendo a ordem que geralmente é a comum, nas quais as pessoas envolvidas em acontecidos são apenas detalhes, não peças chave. Infelizmente esse descaso com os fatos trazia algumas conseqüências, pois por vezes o jornal nem sempre trazia o que lhe era devido, carecendo de mais dados concretos sobre determinado assunto.

Há, quanto a utilização ou não de normas rígidas e desse estilo convencional e deficiente de comunicação, grandes bons exemplos, em ambos os extremos. De um lado, a revista Cruzeiro, já mencionada, que quebrou com as regras e consegue um feito estrondoso, já que na época de sua publicação, o país contava com um terço da população atual. Do outro, a atual revista Veja, que é padronizada a um ponto tão alto que o material contido ali parece ser feito pela mesma pessoa, porém a revista com mais alta tiragem no Brasil atualmente. Qual seria o melhor modo de se fazer jornalismo? Pasteurizar a um mingau cinza, frio e insosso ou libertá-lo, voltando a um modelo mais antigo e com provas de ser altamente atrativo quanto à procura, porém praticamente abandonado pelos grandes meios? Experiências passadas provam que ambas formas podem conviver no mesmo espaço, contudo, não há mais veículos de sucesso com essa maior disponibilidade de liberdade e criatividade no mercado atual.

O maior problema de um estilo mais humanista, contudo, é a confusão de que alguns fazem com o populismo. Maior exemplo disso era o Noticias Populares, jornal que “se espremer sai sangue”, segundo dito popular. Com manchetes como o infame “Bebê Diabo”, o jornal trazia noticias de mortes com fotos explicitas, assim como um ensaio sensual pelo menos uma vez por semana. Isso sem contar a cobertura do Carnaval, que fazia o evento fazer jus ao nome de festa da carne.

No meio desses episódios de um modo mais livre de escrita, encontra-se o Gonzo, elevando a níveis estrondosos de absurdo algumas coberturas, com drogas, prostitutas e personagens retratados de maneira sórdida. Confunde-se com literatura, jornalismo e poesia, uma polaroid desfocada de cores turvas retratando temas bizarros. Talvez a vertente que mais faça sentido em um mundo cada dia mais distorcido e tão velozmente metamórfico. Infelizmente, as vezes por um sentimento tacanho, pela ignorância ou pela simples falta de estomago, é um tipo de material ainda um tanto obscuro e com poucos representantes, tanto no Brasil quanto no mundo.

No Brasil, o redator da revista TRIP, Arthur Veríssimo, merece o título de maior expoente do Gonzo. Tendo escrito sobre viagens atravessando o país, viagens para Índia e outros temas que demandam de uma grande bagagem pessoal e uma visão ácida, o repórter faz jus à posição.

Quanto ao futuro do jornalismo brasileiro, há dois pensamentos: o do menor esforço, que resiste em seu conservadorismo, e o intelectual, que demanda maiores e melhores obras. Vamos torcer para que o inevitável aconteça logo, trazendo consigo bons ventos de um jornalismo sem medo.


R. Darci

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